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Lutero e o Começo da Reforma

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“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; pois o querer o bem está em mim, mas não o realizá-lo. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero.” — Romanos 7.18-19

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Protestantes ao redor do mundo celebram hoje sua distinção da Igreja Católica Romana com orgulho e regularidade. Todavia, quantos conhecem verdadeiramente a história por detrás da separação? O antigo adágio “você não pode saber para onde está indo se não souber de onde veio” pode não soar verdadeiro em toda situação, mas o estado doloroso da ortodoxia bíblica nas igrejas protestantes hoje demonstra o valor desse antigo provérbio. Os eventos que culminaram na Reforma do século dezesseis ocorreram em resposta ao tratamento e entendimento distorcido da Palavra de Deus na Igreja Católica Romana daquela época. Martinho Lutero foi o homem que desafiou o status quo errante e ascendeu a chama que queima até hoje.

I. As Raízes da Reforma

a. A frase em latim post tenebras, lux (“após trevas, luz”) resume o mote da Reforma do século 16. Essas “trevas” referem-se ao entendimento do cristianismo bíblico pela igreja, que se desenvolveu gradualmente durante a idade das trevas ao longo da era Medieval até o tempo da Reforma.

b. A teologia do sacerdotalismo dominava a igreja. O sacerdotalismo propõe que a salvação ocorre principalmente por meio das ministrações da igreja, através do sacerdórcio, e particularmente através da administração dos sacramentos.

c. Os Reformadores responderam a esse sistema da maneira mais enfática no século 16. Todavia, eles não viram sua reação como revolucionária, mas como uma obra de reforma, chamando a igreja de volta às formas e teologia original da igreja apostólica.

II. As Raízes de Martinho Lutero 

a. Lutero nasceu em 1483, na cidade de Eisleben (Alemanha), sendo seus pais antigos camponeses: Hans e Magarethe. A natureza industriosa de Hans levou a família da pobreza à riqueza, e ele desejou que seu filho, Martinho, se tornar-se um advogado proeminente e rico.

b. Desde sua juventude, Lutero demonstrou uma aptidão por aprendizado, e recebeu o grau de Mestre em Artes na Universidade de Erfurt e entrou no programa de Direito na mesma universidade. Sua educação clássica (na qual aprendeu Latim) bem como seus estudos legais o assistiriam poderosamente pelo restante de sua vida.

c. Em julho de 1505, um raio quase atingiu Lutero quando ele voltava da universidade para casa. Ele gritou: “Salve-me, Santa Ana; e eu me tornaria um monge”. Interpretando essa crise como um sinal de Deus e desejando honrar o seu voto, Lutero encontrou no monastério agostiniano local, que era muito rigoroso, para extremo desgosto do seu pai.

d. Lutero comprometeu-se completamente aos seus deveres monásticos, procurando ganhar acesso ao céu sendo um monge correto e rígido. Todavia, a despeito do exercício perpétuo de disciplinas espirituais, Lutero não podia apaziguar a culpa que experimentava constantemente. Sua mente legal aplicava os mandamentos de Deus meticulosamente a si mesmo, e ele alegava pelo perdão real e duradouro para o seu pecado sempre presente. O monastério não poderia oferecer nada para aliviar a sua consciência.

 

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Outras passagens bíblicas relevantes:

Levítico 19.1–4; Salmos 14.1–3; Romanos 3.9–20; Efésios 2.8–10

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Tradução e adaptação: Felipe Sabino de Araújo Neto – 31 de outubro de 2012
Fonte:  Ligonier Ministries

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