Conversando com um Ateu

por

Rick Wade

 

Sobre nosso Diálogo  


A conversa começa
 

No outono de 1999 eu estive envolvido em uma conversa por e-mail com um ateu que escreveu em resposta a um programa que eu tinha escrito intitulado A Relevância do Cristianismo. Neste programa [Ed. nota : As cópias de nossos programas do rádio se tornaram as páginas on-line de onde você estão lendo agora.] eu falo do Cristianismo e do naturalismo em matéria de significado, moralidade, e esperança. [1] Ela me escreveu dizendo que poderia viver uma filosofia de vida sem conhecer a Deus. Se tais coisas podem ser tidas, por que levantar as questão de Deus, dado todos os problemas de religião?

Stephanie é formada em filosofia, e está obtendo seu doutorado em física. [2] Nossa conversa foi muito aproveitável e em dois meses aprendi a respeitá-la. Ela só não quis provocar uma briga. Eu digo que , se as idéias dela parecem absurdas a mim, as minhas também parecem a ela. 

Stephanie é meio confusa sobre o tema teísta. Se Deus está aqui, Ele está fora de nosso conhecimento. Enquanto Kierkegaard viu a razão como instrumento para dar um “salto para a fé” no que não pode ser demonstrado, ela não viu nenhuma razão para fazer isso. “Eu acho que se tivesse fé seria como a sua”, ela diz, “mas o salto me parece, nesse momento, fútil e arriscado”.

Stephanie tem três objeções gerais sobre a convicção em Deus. Primeiro, ela acredita que a evidência é insuficiente. A evidência da natureza é tudo o que ela tem, e sabemos que Deus tem atributos sobrenaturais. Não há como saber de tais coisas. Segundo, ela acredita que a convicção teísta não adiciona nada a nossas vidas e para o progresso da ciência. Eu lhe perguntei, “O que a faz se voltar contra o Cristianismo? “E ela respondeu, “eu imagino acreditar, e não estou nem um pouco preocupada se acredito ou não. Deus não me parece uma idéia útil , benéfica e sustentável”. Terceiro, ela acredita que a religião é moralmente ruim para as pessoas. Faz a moralidade ser praticada com medo, ela diz, e produz um dogmatismo nos fiéis como abortos . 

Stephanie disse para eu não começar nossa discussão dando evidências da existência de Deus , mas dar motivos para essa existência. Devia pois, explicar em lugar de persuadí-la.


Elementos básicos do Ateísmo de Stephanie 

Há três elementos no ateísmo de Stephanie. O primeiro é a razão que ela crê ser suficiente para explicar tudo no nosso mundo como a moralidade e qualidades como “estética , compaixão e amor”. É claro que a autoridade final da religião é boa. A razão não admite a fé . Se a pessoa não admite fé na razão, ela cai no irracionalismo. Como George Smith escreveu, “eu não aceitarei a existência de Deus, ou qualquer doutrina, em fé porque eu rejeito a fé como um procedimento cognitivo válido . . . . Se as doutrinas devem ser aceitas com fé, o teísmo é totalmente inválido”. [3]

O segundo elemento, natureza, é a melhor fonte de razão para informação. Stephanie diz, “eu não tenho nenhum acesso a qualquer coisa fora do universo natural e minha própria mente”. 

O pacote está completo no envolvimento de Stephanie com a ciência que é a razão da ferramenta usada para entender a natureza. Isto só é capaz de nos dar “objetivo , conhecimento investigativo”, ela diz. De fato, eu acho justo chamar o envolvimento de Stephanie de conhecimento “científico”. Não parece que há alguma área na vida que deva ser submetida a julgamento racional, e para qual a investigação científica não é suficiente . 

O triunvirato da razão/natureza/ciência é a estrutura para se ter conhecimento. Passando disso, é irracionalismo, crê Stephanie. Não há nenhum motivo para se adicionar Deus a natureza. Ela diz, “No meu entender, a idéia de Deus é puramente mítica e não acrescenta nada a meu conhecimento”. [4]

Os teístas não têm nenhum problema em usar a razão para entender nosso mundo, ou com o estudo da natureza, ou em usar as ferramentas da ciência. O problema vem quando Stephanie conclui que nada pode ser conhecido além da natureza analisada cientificamente. Ela acredita que a natureza é tudo aquilo que está lá ou pelo menos tudo aquilo é conhecível. Stephanie diz que ela não inicia com o naturalismo; ela não tem nenhum desejo de “patrocinar o naturalismo como um dogma”, ela diz. Porém, desde que a ciência “só permite a investigação de fenômenos naturais, repetitivos” e ela está satisfeita com isso, ela fica limitada no âmbito natural. Ela chega ao ponto de dizer “ eu comparo o racionalismo com o naturalismo”.

Me parece, portanto, que o fato estava encoberto desde o princípio. A ênfase de Stephanie na ciência necessariamente não lhe impede de achar Deus, mas o naturalismo dela sim . 


Evidências insuficientes  


A Objeção Evidencialista 

Veremos as três objeções básicas de Stephanie ao teísmo que começa com a acusação que não há provas suficientes para acreditar. Em lugar de uma defesa para a fé teísta, vamos dar uma olhada na própria objeção. 

O argumento de Stephanie é chamado “objeção evidencialista”. Ela cita W. K. Clifford, um estudioso do século XIX que escreveu, “é errado crer, em todos os lugares, em algo em que há evidência insuficiente”. [5] A objeção de Stephanie é que não há mutia evidência para se crer em Deus. A primeira questão, é claro, constitui uma boa evidência. Outra questão é se nós deveríamos aceitar a afirmação de Clifford em primeiro lugar .

Alguns ateus crêem que não podem ter convicções assim como os teístas fazem. Eles dizem que o ateísmo é a “maneira correta de viver”. Acreditar em Deus é ter uma fé ; não ter essa fé significa ser ateu ou agnóstico; [6] mas o ateísmo não é um sistema de “crença zero”. O ateísmo ocidental é tipicamente naturalista. Os ateus tem pontos de vista claros sobre a natureza do Universo ; não há nenhuma razão para pensar que o ateísmo é onde todos nós começamos em nosso pensamento, assim como o teísmo adiciona uma convicção enquanto não acreditar em Deus é ser ateu . É difícil não concordar com Alvin Plantinga que a presunção atéia é “como um pedaço de imperialismo intelectual meramente arbitrário”. [7] Se os teístas têm que dar evidências, que os façam os ateus . 

Porém, Stephanie não defende seu ateísmo ou naturalismo desse modo. Ela crê que a razão na ciência é o único meio de se obter conhecimento. O resultado das observações dela, diz, é o naturalismo. Simplesmente não há evidências suficientes para acreditar em Deus, pelo menos tipos de evidências que são fidedignas. Qual tipo é fidedigno? Stephanie quer evidências na natureza, porque na natureza temos “objetivo, conhecimento investigativo”. Porém, ela acredita que não há evidências de Deus para se encontrar lá. Deus deve estar fora da natureza se Ele existe. Ela disse, “você pode perguntar que tipo de evidência naturalista eu desejaria ter para Deus, e lhe responderia ‘nenhuma'. Porque uma vez que a revelação naturalista mostra Deus, deixa de ser naturalista, e assim deixa de se referir a qualquer coisa que eu posso esperar investigar. Eu não tenho nenhum senso de Deus e também nenhum acesso a qualquer coisa fora do universo natural e minha própria mente”. Ela disse recentemente numa carta que a origem do universo pode ter tido um agente. Mas quando nós começamos a somar outros atributos para este agente, atributos que não podem ser estudados cientificamente, nós entramos em dificuldade. “Assim que você falar em Deus como tendo atributos infinitos, esses atributos na verdade começam a perder significando, “ela diz. “Minha visão”, ela diz, “é que da mesma maneira que chamamos isso de causa desconhecida e é uma causa desconhecida - desconhecidos também são os meios para se investigar isso”. E por isto ela quer dizer os meios naturais.


O Erro Naturalista 

O primeiro problema aqui é claro: Stephanie influenciou seu argumento pelo naturalismo. Ela diminui o âmbito de nosso conhecimento só até onde a ciência pode abraçar. Tal atitude é parcial. Reduzindo todo o conhecimento para o que pode ser descoberto cientificamente, Stephanie retirou importantes parcelas de nosso conhecimento. O filósofo Huston Smith falou assim: “É como se o cientista estivesse dentro de um balão; ele pode olhar para dentro do balão, seu interior, mas não pode ver fora dele, seu tamanho, forma, onde se localiza e até por quem foi fabricado”. [8] A ciência não nos pode dizer qual a causa final (propósito ou meta) de uma coisa ; de fato não pode até dizer se há vários propósitos. Ela não pode delimitar uma razão ou significado para a existência. Enquanto ela pode medir o pincel e a tela que o artista usa, ela não pode aferir a beleza da obra.
 

A Loucura de Clifford 

Além desta dificuldade está o fato que a máxima de Clifford tem problemas. 

Primeiro, o uso do argumento evidencialista é irracionalmente arbitrário. Se temos que fazer um argumento para tudo o que acreditamos e no qual nós estamos - nossa crença será pequena e ínfima. 

Segundo, isso poderia funcionar na ciência , mas elimina outros tipos de convicções. Kelly Clark dá uma lista de convicções percentuais , convicções da memória, convicção em outras mentes, e verdades de lógica como outros tipos de convicções “corretamente básicas” que nós temos sem ver outras convicções. [9] As convicções envolvidas em relações pessoais são outro exemplo. As relações exigem freqüentemente que se confie em um amigo mesmo que não aja evidência suficientes para isso. De fato , isso pode fazer com que a relação entre amigos se torne mais próspera. As convicções sobre pessoas ainda são outro exemplo. Eu digo sem prova que minha esposa é uma pessoa, que ela não é um robô, que ela tem valor sem igual, etc. Estes tipos de convicções não requerem muitas provas para se formular uma prova indutiva ou dedutiva. A máxima de Clifford é boa para o estudo científico, mas não para convicções sobre as pessoas. 

Mais adiante, as convicções religiosas não se ajustam tão nitidamente dentro do âmbito evidencialista. Elas parecem mais convicções de relação com um Ser Supremo. A pessoa não está afirmando uma hipótese mas uma Pessoa . 

Quarto, o uso de Stephanie do evidencialismo de Clifford é parcial porque, como nós vimos, ela só se satisfaz com o uso de investigação científica e só aceitará evidências naturais .
 

Temos razões para acreditar ? 


Alguns estudiosos cristãos estão dizendo que nós não temos que ter evidências para crer e isso quer dizer que nós não temos que reunir um argumento que mostra a existência de Deus sendo deduzida de outras convicções. Nossa experiência direta de Deus é suficiente para uma convicção racional (usando “experiência” em um sentido mais largo que a experiência emocional ).[10] A crença em Deus é, portanto , correta . 

Isto não diz que não há nenhuma área para se acreditar, porém. Citando João Calvino, Alvin Plantinga diz que nós temos uma tendência natural para reconhecer Deus em circunstâncias apropriadas. É claro, há várias razões ou áreas por se acreditar. Estes incluem a experiência direta de Deus, o testemunho de umas pessoas que dizem ter conhecido Deus, a revelação escrita que faz sentido (se a pessoa está aberta ao sobrenatural), a confirmação filosófica e científica, a realidade histórica de um homem chamado Jesus que cumpriu profecias e fez milagres, etc. Eu estou me invertendo aqui? Nós precisamos de razões ou não? O ponto é este: enquanto há razões válidas para acreditar em Deus, o que nós não precisamos fazer é submeter nossa convicção em última instância em Deus com a máxima de Clifford, especialmente porque ela já tende ao naturalismo. Nós podemos reconhecer Deus em nossa experiência, e esta convicção pode ser confirmada por várias razões ou evidências. Em lugar de nossa fé ser culpada até ser provada inocente, como a objeção evidencialista, nós podemos dizer que ela é inocente até ser provada culpada. Deixe os ateus provarem que estamos errados. 


O teísmo é insignificante  

A segunda objeção para a crença em Deus é Stephanie dizer que a fé não acrescenta nada a vida e que não podemos descobrir Deus através da razão. Isto é verdadeiro?


Significado  

Examine o assunto de significado. Stephanie disse que pode viver muito bem sem se preocupar com Deus . Deixe-me citar uma passagem da primeira carta de Stephanie neste assunto. Sua referência nessa primeira linha é tirada de um texto de Albert Camus. 

Sua citação de O Estranho (“ eu abri meu coração a indiferença do Universo”) expressa bem um sentimento que eu tive. O Universo não se preocupa comigo, assim eu não preciso me curvar e me preocupar com isto; eu só posso agradecer (sim , agradecer a nada , ela quer dizer !) por poder caminhar por um bosque, sentir o doce aroma das flores, sentir o vento suave em minha face, o Sol e posso dizer o que Heisenberg afirmou que os átomos se mantêm sem se desmancharem (em nanosegundos!!). Eu vejo que há significado em minha relação com meus pais, irmãos, e em meu matrimônio; meu marido é a pessoa mais amável, capaz, ética, e sábia que já encontrei. Estas coisas são suficientemente significantes para mim; eu não acho que um verdadeiro significado é necessariamente eterno e eu não exijo reconhecimento do Universo ou a noção humana de quem o criou. Eu acho que uma crença em Deus não iria fazer nada mais que diluir tudo isso e me fazer ficar preocupada com um assunto tão indiferente quanto Deus .

Assim , Stephanie acredita que Deus não é necessário para ela achar significado em sua vida . 

Eu respondi que o naturalismo dela não provê nenhum significado além do que nós impomos no Universo. Nós podemos achar que há propósito por trás de tudo , mas um Universo que não se preocupa conosco ou não nos acha importantes. O que faria ela se o significado que ela deu ao Universo não se achasse no próprio Universo? Eu escrevi: 

Você poderia ver a Terra como uma grande “mãe” que protege seus filhos dentro dela. Mas as pessoas atingidas por furacões e ciclones vêem dessa maneira? As pessoas que vivem no deserto, lutando para conseguir água, viajando até mesmo centenas de quilômetros por dia para achar, vêem beleza e significado na Terra ser, como você acha, uma “mãe”? Muitas vezes, as pessoas que vivem na Terra acham um significado bonito e encantador nela, mas em geral elas acreditam que há um poder sustentador de tudo isso que ajuda a lutar e preservar a natureza .

Quando eu disse que todos os seus esforços para fazer boas ações poderiam ser vãs, ou seja, tudo seria sem sentido, respondeu: “OK. . . . Eu não estou procurando nenhum significado universal ou eterno”. 

É difícil de responder a isso. Nós poderíamos seguir o conselho de Francis Schaeffer e “subirmos ao telhado”; [11] Em outras palavras, expor as raízes das convicções dela. Stephanie diz não ser niilista (uma pessoa que diz que não há sentido e valor em tudo); talvez ela poderia ser chamada de uma “humanista otimista”, usando o termo de J. P. Moreland.. [12] Ela acredita que não existe uma última razão em tudo; Ou seja, nós damos à vida o valor que nós escolhemos. Porém, esta afirmação não tem nenhuma raiz no niilismo. Quer dizer que devemos agir como se a vida tivesse significado. Tal otimismo infundado é tão ilógico quanto o niilismo. É só uma crença intelectual para nos consolar nos ditames da vida - assim como histórias infantis. 

Como a perda de significado absoluto ou transcendente corta por baixo todo valor absoluto, cada pessoa tem que decidir seus próprios valores morais e imorais. Como eu disse a Stephanie, outros poderiam não concordar com seus valores. Os nazistas pensavam que havia significado em purificar a raça. E os judeus, o que acharam? 

O que pode ser visto significante para o momento é só para o momento. A morte vem e tudo continua como o nada original, pelo menos para o indivíduo. De fato, alguém pode dizer que há significado numa vida que, gastando todos os seus dias, vive para achar a cura de uma doença para o futuro. Mas as pessoas que irão ser beneficiadas por essa cura morrerão um dia. E, finalmente, se os ateus estão certos, tudo será como originalmente foi, como o nada, e tudo o que se realizou aqui não teve nenhum significado. [13] Dessa maneira, apesar de ter algum significado no que nós fazemos aqui, não há nenhum significado total para todas as coisas. Como o ateu consegue viver assim? 

Ao contrário, a natureza eterna de Deus dá significando além do temporal. O que nós fazemos tem significado eterno porque faz parte do contexto da criação do Deus eterno que age com propósito e não faz nada sem motivo. Falando mais claramente, a em Deus centraliza nossas ações no contexto de seu reino. Há um fim específico para tudo o que nós fazemos e isso dá um significado às coisas. 

Mais exatamente, então, nós poderíamos concordar com Stephanie que diz que o caso Deus não lhe acrescenta nada. Entretanto, Ele é o significado.


Moralidade 

E a moralidade? Embora Stephanie diz que a moralidade naturalista é superior, ela ficou sem resposta quando lhe pedi um exemplo disso e sua resposta foi que só há a generosidade. Além disso, ela falou, “eu acho que já é suficiente termos um instinto de regras internas e creio que isso é um desenvolvimento natural”. Ela usou a metáfora de uma criança crescendo assim como nossa moralidade. A razão é de tudo aquilo é precisamos para ter um bom comportamento moral. Se os princípios morais bíblicos concordam com a razão eles são, pois, desnecessários. Se eles não confirmam, “eles são são absurdos”.

Em resposta eu disse que nós podemos medir o crescimento de uma criança vendo um adulto; o adulto nós poderíamos chamar de telos ou meta da criança. Nós sabemos o que a criança vai se tornar. Qual é a meta, ou ponto de vista dela, da moralidade? Qual o padrão de bondade que nós deveríamos atingir? Stephanie aceita as regras para viver mas não me dá nenhuma razão para eu aceitar também. O argumento por si não me convence. A regra é a mesma para todos nós. De onde esse sentido veio. Mesmo se o padrão de moralidade fosse a sobrevivência da nossa sociedade, como eu poderia dizer que isso é bom? Talvez nós precisamos sair do modo para qualquer outra coisa. 

Porém, Deus nos dá um padrão de sua Personalidade e nos faz aprender disso. Não muda em temas básicos (embora Deus fosse mais rígido certas vezes a dar essas leis a medida que a revelação fosse progredindo [14]) e sua Lei serviu para a nossa natureza e nossas necessidades. O Universo não está na moralidade escolhida de Stephanie, mas em Deus e Seu Universo.

Finalmente, mostrar os defeitos do naturalismo com respeito a moralidade não significa que todos os ateus são maus. Em sua primeira carta, Stephanie escreveu, “eu me ofendi com a sua declaração que o relativismo de uma moralidade irreligiosa permite coisas como a destruição do fraco e o desenvolvimento do mais forte '. . . Eu acho essa acusação dos cristãos aos ateus muito injusta e persistente”. Eu notei que eu nunca disse no programa de rádio de Relevância que todos os ateus são imorais ou amorais. O que eu disse foi que “o ateísmo não dá nenhum modelo de padrão moral”. Eu pedi para Stephanie que me mostrasse que tipo de padrão moral o naturalismo dá. De fato, não deu nenhum. Como eu já tinha notado, Stephanie não quer “usar o naturalismo como dogma”. Ela sabe que não tem nada que oferecer. De fato, em umas cartas recentes, ela disse que sua filosofia de vida só a deixa com “um pragmatismo” delicado e até mesmo um “certo relativismo moral” porque ela não tem “o resultado absoluto da Palavra de Deus para se basear”. Ela só tem padrões morais próprios que não têm nenhum fundamento em qualquer outro. Até me mostrar uma prova de padrão moral do naturalismo, eu afirmarei o que disse sobre ele.


Esperança 

Falemos de esperança. Stephanie diz que quando morrer ela deixará de existir. Ela tem que viver o aqui e agora. Se não há nada mais, as pessoas tem que viver o aqui. Stephanie disse, “eu me sinto satisfeita com o que vivo aqui, sinto e descubro. Você diz, ' um universo impessoal não dá nenhuma recompensa final,' mas eu não consigo compreender esse sentido vago de céu cristão, especialmente com o fardo que eles parecem carregar como objeto de uma honestidade intelectual. Se sua noção de esperança é que estamos prometidos para uma glória eterna, então eu não posso aceitar isso. Não consigo compreender o que é isso”. Talvez a razão dela não compreender é sua inclinação puramente científica. O céu não é algo que alguém pode analisar cientificamente. 

Respondi que notei que ela pensa diferente da maioria dos seres humanos. Há algo em nós que anseia pela imortalidade, eu disse. É claro, as várias religiões do mundo têm modos diferentes de definir o que é o eterno e como chegar lá. Os cristãos acreditam que nós fomos criados para desejar isto; é uma parte de nossa criação porque nós fomos criados por um Deus imortal para sempre viver. Se o naturalismo é verdade, eu perguntei, como você explica o desejo para a imortalidade? 

Se nós não tivéssemos nenhuma boa razão para acreditar num “vago céu cristão”, eu suponho que seria tolo permitir isto governar a vida da pessoa. Porém, nós temos boas razões: a promessa que Deus não mente e a ressurreição de Jesus. Nós temos também “a idéia da eternidade em nossos corações.” (Ec. 3:11) Por causa dessa esperança - uma esperança que não é vazia, mas é uma confiança firmada no futuro nosso trabalho aqui para o reino de Deus não morrerá conosco, mas terá significado eterno. Eles são os chamados “frutos que permanecem” (Jo.15:16), ou o trabalho que é provado no fogo.” (1 Cor. 3:13-14)


Ciência 

Vamos analisar ainda o que a convicção em Deus adiciona em nossas vidas. Uma área em que os teístas não gostam de pôr Deus é na ciência. A fé ajuda ou prejudica a ciência? 

Muita tinta foi derramada para responder esta pergunta. Tirando os cientistas naturalistas, alguns cientistas teístas acreditam que ir além do chamado “naturalismo metodológico” é arriscado. [15] Isso é a afirmação que, com a investigação científica, o cientista não deveria usar a Deus como uma explicação, mas deveria ficar dentro do que a ciência pode investigar. Porém, não todo o mundo é desta opinião. Como os estudiosos do movimento de Desígnio Inteligente (sigla em inglês, ID) estão mostrando hoje, o sobrenatural não está necessariamente fora do campo da ciência. 

William Dembski, um líder no movimento de desígnio inteligente, diz que, longe de atrapalhar a investigação científica, o desígnio ajuda a descoberta científica. Em primeiro lugar, ajuda a investigação onde o naturalismo não veria nenhuma razão para isso. Dembski dá os “DNA quebrados” e vestígios de órgãos como exemplos. Este DNA está realmente “quebrado”? Estes vestígios de órgãos tiveram um propósito ou eles ainda têm um propósito? Isso também abre e levanta outro tema para pesquisa. Ele diz, “Nós desejamos saber como foi produzido, até que ponto o desígnio foi, e o seu propósito “. Finalmente, Dembski diz, “um objeto que foi desenhado funciona dentro de certas particularidades”. Por exemplo, “se os humanos são verdadeiramente projetados então nós podemos encontrar funções psicosociais em nós. Transgredir essa lei afetará a nós e nossa sociedade”. [16]

Finalmente, não é verdade que a fé em Deus não soma nada a nós e a ciência. Afinal de contas, considerando que Stephanie é limitada pelo naturalismo, nós temos, além disso, a ordem sobrenatural. 


Problemas morais com o Teísmo 

Não cumpre o que diz 

Uma terceira objeção geral que Stephanie tem a convicção teísta é com assuntos morais. Os ateus dizem que há fatores morais que forçam a não se acreditar em Deus. Quando nós mostramos um texto da Bíblia dizendo o que Deus fala e Ele faz o contrário é mostrar que Ele não existe ou não é digno de confiança. 

Um argumento diz que a Bíblia não cumpre o que diz. Stephanie mostrou o assunto de oração sem resposta. Ela falou de um caso de certo homem que era evangélico e perdeu sua fé por causa da “ineficácia da oração”. Ela concluiu que “esperar Deus dar os mesmos resultados' como um Universo indiferente – não é consistente o bastante para ser útil”.

Em resposta, eu notei que freqüentemente as pessoas colocavam Deus a prova, como se Ele necessitasse disso. Nós podemos exigir que Ele responda as nossas orações 1) só porque nós pedimos, ou 2) quando nós não fizemos o que Ele nos pediu fazer? As pessoas não podem viver o modo que elas desejam e esperarem serem atendidas quando elas rezam. Segundo, Deus prometeu aos fiéis que Ele os ouvirá e responderá, mas Ele nem sempre lhes responde como e quando querem. A resposta a oração pode levar muito tempo, ou poderia vir de forma totalmente inesperada por quem fez a oração. E, ainda mais, o tempo poderia passar de forma que nós possamos compreender uma forma melhor de orar a Deus.


Mal 

O problema do mal é um assunto moral significante no arsenal do ateu. Nós falamos sobre um Deus de bondade, mas o que nós vemos ao nosso redor, algumas vezes, é sofrimento, e muito disto sem justificação. Stephanie disse, “Não creio em um Deus pessoal, amoroso como uma explicação racional para tudo - principalmente quando vemos desastres naturais que não podem ser culpados pelo pecado”. [17]

Uma resposta para o problema de mal é que Deus vê nossa liberdade para escolher como um alto valor de proteger as pessoas; esta é a defesa da liberdade. Porém, Stephanie disse que os desastres naturais não podem ser culpados pelo pecado. O que podemos dizer? Isto defende que os desastres naturais são causados pelo pecado? Eu respondi que eles existem por causa do pecado (Gn. 3). Nos lemos em Rm. que “a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção” e que “está com dores de parto até agora”. A queda causou o problema, e, na consumação dos séculos, o problema será corrigido. 

Segundo, eu vi que, segundo a visão naturalista, é difícil saber o que é o mal. Mas a realidade de Deus explica isto. Como o teólogo Henri Blocher disse, 

A presença do mal pede o Deus da Bíblia. Num romance de Joseph Heller, “Enquanto rejeitamos a crença em Deus, os personagens da história se acham levados a defender Sua existência a fim de terem um objeto para sua indignação moral”. . . . Quando você utiliza esta objeção contra Deus, a quem mais você faz isso, a não ser esse Deus? Sem este Deus que é soberano e bom, qual o motivo de nossas lamúrias e reclamações? Nós podemos dizer o que é mal? Talvez John Lennon entendeu: “Deus é um conceito pelo qual nós medimos nossa dor”, ele cantou. Nós estaríamos chegando a um ponto onde o mal pode ser utilizado como uma prova da existência de Deus? [18]

Assim, mesmo sendo verdade que ninguém (em minha opinião) realmente encontrou uma resposta ao problema do mal, se Deus não existe, realmente o mal não existe. O ateu mesmo depois de alguma catástrofe não junta os punhos ao céu pedindo uma explicação pra aquilo? Se não há Deus, ninguém escuta. 


Moralidade bíblica 

Caráter moral de Deus 

Outra objeção atéia é com respeito a moralidade de Deus. Ele é bom como a Bíblia diz? 

O “Deus do Velho Testamento” é o alvo favorito de alguns ateus em mostrar que Ele era raivoso ao ponto de mandar as pessoas serem apedrejadas no domingo e mandar profetas enviarem ursos para devorarem criancinhas. [19] A história de Abraão e Isaac é o enigma bíblico favorito de Stephanie. Ela perguntou se eu colocaria uma faca na garganta de meu filho se Deus me pedisse. É lógico que esse Deus não é digno de confiança.

Vamos ver a história de Abraão mais de perto. Lembre-se em primeiro lugar que Deus não deixou Abraão matar Isaac. O texto diz claramente que isto foi um teste; Deus sabia que Ele iria impedir Abraão. 

Mas por que um teste tão difícil? Você tem que estudar o estado cultural em que Abraão viveu. Como um estudioso notou, Deus dá suas orientações de acordo com cada cultura onde Ele envia essas instruções”. [20] Nos dias de Abraão, as pessoas ofereciam seus filhos como sacrifício aos deuses. Enquanto a idéia de perder seu prometido filho lhe entristecesse, ela era mais familiar a ele do que para nós. Pense nisso: se Deus pedisse para fazermos isso hoje, possivelmente ficaríamos estarrecidos. Todos os testes que pensamos não seriam suficientes para Abraão. Deus precisou ir ao extremo com Abraão e lhe mandar algo muito difícil e isso não era muito estranho na época e cultura em que viveu.

Logo, lembre-se que Abraão disse aos seus amigos: “depois de adorarmos, voltaremos a vós”. (Gn. 22:5) Hebreus diz que: “julgando que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar; e daí também em figura o recobrou”.(11:17-19). Abraão confiava em Deus quando este disse que iria fazer dele uma grande nação. Assim, mesmo se Isaac morresse pela ordem divina, Ele o ressuscitaria. 

Stephanie mostrou-me também outra história que conta como os israelitas destruíram uma cidade. O único meio de entender isso é compreender o caráter de Deus, sua opinião com o pecado e o caráter de quem vivia ali. Deus é santo e Ele é justiça como também misericórdia. Para ser coerente, Ele tem que ser contra o pecado. Você tem que ver também as pessoas a quem Israel destruiu. Eram as más pessoas. Deus as destruiu por causa da sua maldade (Dt. 9:5). Walter Kaiser diz-nos por que esses cananitas foram tratados dessa maneira:

Eles foram destruídos para evitar que Israel e o resto do mundo fosse maculado (Dt. 20:16-18). Quando as pessoas começam a sacrificar seus filhos aos deuses criados por elas (Lv. 18:21), sodomizam-se, praticam a bestialidade e todos os pecados repugnantes (Lv. 18:23,24; 20:3), a Terra mesmo começa a vomitá-los (Lv. 18:25, 27-30). . . . [William Benton] Greene compara esta ação da parte de Deus, não para simplesmente acabar com o mal, mas fazer o bem apesar de certas conseqüências más, da mesma maneira que um cirurgião amputa um membro sabendo que mesmo assim ele talvez não possa estar salvando todo o corpo. [21]

Kaiser diz que quando as nações se arrependem, Deus pára o julgamento (Jr. 18:7,8). “Assim, Canaã ouviu falar da história do Êxodo hebraico, da passagem do Mar Vermelho e a todos os reis que se opuseram no caminho”. Eles sabiam dos israelitas (Js.. 2:10-14). “Assim, Deus aguardou a “taça da iniqüidade” se encher - e enviou os sinais às nações sem demostrar muita mudança e todas elas, junto com o faraó e os egípcios podeiam saber que Ele é o Senhor'”. [22]

Mais um tópico. Stephanie pensa que Deus age hoje como no Velho Testamento. Ao dizer que Ele não nos pede hoje como o fazia aos israelitas, ela disse que “o poder absoluto da moralidade bíblica que você diz é negado por sua suavidade das leis do VT e da concepção que você faz de Deus”. Em outras palavras, nós sabemos que há absolutos, mas nós nos distribuímos de um modo. Eu disse que onde líamos, por exemplo, que Deus ordenou que fosse mandado um filho rebelde ser morto, nós não suavizamos este comando. Mas quando deus altera essa ordem, nós temos que ir de outro modo. Deus não muda, mas Suas ordens para com as pessoas às vezes mudaram Isto não deixa tudo aberto, porém. A pergunta é, O que Deus nos pede hoje?


Seus efeitos prejudiciais em nós 

Para Stephanie, a Bíblia não só mostra um Deus em que não devemos confiar, mas prejudicial a nós. Por exemplo, ela diz, “o desejo de não danificar pode ser superado pelo desejo de corrigir [uma pessoa] da idéia de Deus (veja Abraão, meu enigma favorito). Este é o problema real da sociedade”. Ela crê que a retidão pregada pelo dogmatismo religioso é responsável pelas “guerras santas, atos de terrorismo para se obter a Terra Santa, e a morte de homossexuais”. Ela disse que o Cristianismo permite todo tipo de horrores que nós acusamos os ateus de fazerem sobre as ordens de Deus. “Hitler foi um católico muito devoto, no meu entender”, ela disse. 

Há um equívoco aqui. As palavras como “terrorismo” foram usadas mal por ela, e Stephanie comete certos “exageros” ao usar certos casos da Bíblia que não tem a ver com moralidade. É errado da parte dela e outros ateus ignorarem as ordens de Deus que mostram Sua bondade ao mesmo tempo deixando de interpretar seriamente partes mais profundas. A história de fanatismo religioso também é mal empregada. Assim como os ateus não vão viver como os padrões de Stephanie, alguns cristãos não vivem como Deus quer. Gene Edward Veith diz que, enquanto Hitler tinha uma “perversa admiração pelo catolicismo, ele odiou o Cristianismo”. {23} É claro que isso não dá nenhuma base bíblica para as atrocidades de Hitler. Como disse, se ele visse mais de perto, o Cristianismo iria condenar suas práticas. Ao contrário, os naturalistas não tem nenhum padrão moral para usarem como modelo. 


Conclusão

Nós tentamos responder às três objeções de Stephanie a fé em Deus: não há evidência suficiente; não acrescenta nada a ciência; e o teísmo é ruim para as pessoas. Estas são algumas objeções que os ateus apresentam. Eu acho que eles tem boas respostas. O próximo ponto é tentar levar o ateu, ele ou ela, a um lugar onde possam “ver” Deus'. Retirar as razões para eles rejeitarem a Deus já é um passo. O próximo é mostrar seu Deus. Eu acho que não há modo melhor do que apresentar Jesus “o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser”. (Hb. 1:3). Eu sugeri a ela que lesse uns dos Evangelhos, e ela disse que leria João. Este é o segredo dos apologetas: levar as pessoas até aquele a quem elas tem que fazer uma escolha. Agora é esperar para ver o que acontece.


NOTAS:

  1. Rick Wade, The Relevance of Christianity (Probe Ministries, 1998). Este artigo pode ser achado na Web em http://www.probe.org/docs/relevanc.html 
  2. Stephanie participa desse programa e me autorizou o uso do nome dela. 
  3. George Smith, Atheism: The Case Against God ( Búfalo , N.Y.: Prometheus Books, 1989), 98.
  4. Lembre-se do caso do matemático Laplace a quem perguntaram onde Deus se ajusta de acordo com seus modelos celestiais. Ele disse, “eu não tenho nenhuma necessidade dessa hipótese”. 
  5. W. K. Clifford, “The Ethics of Belief,” in Readings in the Philosophy of Religion , ed. Baruch A. Brody (Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1974), 246.
  6. Antony Flew, “The Presumption of Atheism,” in Faith and Reason (( Oxford : Oxford University Press, 1999), 337-38), 337-38. Também veja George Smith, Atheism: The Case Against God (Buffalo, N.Y.: Prometheus Books, 1989), 7-8. 
  7. Alvin Plantinga e Nicholas Wolterstorff, Faith and Rationality: Reason and Belief in God (Notre Dame: Univ. of Notre Dame Press, 1983), 28.
  8. Huston Smith, Beyond the Post-Modern Mind , rev. ed. (Wheaton: Quest Books, 1989), 85.
  9. Kelly James Clark, Return to Reason (Grand Rapids: Eerdmans, 1990), 126-28. Eu devo muito a esse livro por tê-lo citado neste artigo.
  10. Uma introdução boa para a objeção de evidentialist e este tipo de resposta para isto (o que está sendo chamado epistemology Reformado) é achado em Clark, Devolva para Argumentar. Também veja J.P. Moreland, Escalando a Cidade Secular; UMA Defesa de Cristianismo (Correntezas Principais: Padeiro, 1987), 116-17. O trabalho seminal é Plantinga e Wolterstorff, Fé e Racionalidade. 
  11. Francis A. Schaeffer, The God Who is There (Downers Grove: InterVarsity Press, 1968), 128-130.
  12. Moreland, Scaling the Secular City , 120ff.
  13. William Lane Craig, Reasonable Faith: Christian Truth and Apologetics , rev. ed. (Wheaton: Crossway Books, 1994), 59.. 
  14. Walter C. Kaiser, Jr., Toward Old Testament Ethics (Grand Rapids: Zondervan, 1983), 60-64.
  15. Artigos da conferência “Naturalismo, Teísmo e Conferência Científicas” em Austin, no Texas em 1997 de onde usei várias citações podem ser encontrados em: http://www.dla.utexas.edu/depts/philosophy/faculty/koons/ntse/ntse.html
  16. William A. Dembski, “Science and Design ,” First Things 86 (October 1998): 26-27.
  17. Há vários artigos na Probe sobre o problema do mal, portanto só farei breves comentários aqui. Veja Rick Rood, The Problem of Evil: How Can A Good God Allow Evil? (Probe Ministries, 1996). Disponível na Web em http://www.probe.org/docs/evil.html. 
  18. Henri Blocher, Evil and the Cross (Downers Grove: InterVarsity Press, 1994), 102-03.
  19. Para ver mais detalhes sobre o problema da moralidade no VT, leia Kaiser, Toward Old Testament Ethics onde ele põe três capítulos a esse tema. 
  20. W. H. Griffith Thomas, Genesis: A Devotional Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1946), 197.
  21. Kaiser, 267-68. 
  22. Kaiser, 268. 
  23. Gene Edward Veith, Modern Fascism: Liquidating the Judeo-Christian Worldview (Saint Louis: Concordia Publishing House, 1993), 50.



SOBRE O AUTOR:

Rick Wade se formou no Instituto bíblico Moody com um B.A. em Comunicações (estações de rádio) em 1986. Ele se formou cum laude em 1990 no Trinity Divinity Evangelical School com um M.A. em Pensamento Cristão (teologia/filosofia da religião) onde fez uma tese apologética de Carl F. H. Henry. Rick e sua família moram em Rowlett, Texas.


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