Polêmicas para o Povo
A Importância do Estabelecimento e Defesa da Doutrina

por

Rev. Jim Coone

Agora é o tempo para re-introduzir os termos "apologéticas", "polêmicas", e "doutrina" de volta para o vocabulário da igreja. Os Partidários do Movimento de Confissão da Igreja têm fixado o estágio dizendo à nossa denominação que nossas confissões históricas e as Escrituras são de vital importância. Nós devemos agora ensinar ao povo nos bancos das igrejas e àqueles em todos níveis de liderança em nossa denominação, o porque aqueles documentos são tão importantes à nossa experiência de fé. O Movimento de Confissão da Igreja tem o potencial de ser o veículo através do qual a Igreja Presbiteriana (U.S.A) reemerge como um poderoso testemunho Cristão, mas somente se mantermos os povos nos bancos das igrejas equipados para reconhecer a controvérsia e para refutar o erro. Não é suficiente simplesmente afirmar que Jesus Cristo é Senhor. Necessitamos pessoas que possam escutar criticamente, identificar as declarações que contradigam as Escrituras e as confissões históricas, e então oferecer uma resposta bem-equilibrada, biblicamente baseada.

Apologéticas e Polêmicas eram requeridas nos cursos de estudo em nossos seminários tão recentemente quanto trinta anos atrás, mas hoje nenhum seminário Presbiteriano que fixa uma lista de seus cursos no seu Web Site, oferece um ou outro assunto como facultativo. Como examinamos o impacto que a queda destes cursos tem tido na vida de nossa igreja, permita-nos começar definindo os termos.

De acordo com O Dicionário de Termos Religiosos (Revell Publishing, 1967) apologética é: "a defesa sistemática, lógica do Cristianismo, Judaísmo, ou outra corrente de fé. Os cursos neste tema são uma tradição em seminários teológicos." [Ênfase adicionada]. Polêmicas, por outro lado é definida como: "o estudo de discussão teológica ou controvérsia para a refutação de erro". O exercício destas disciplinas está gravemente deficiente na Igreja Presbiteriana (U.S.A.) hoje, e essa ausência desempenhou um papel significativo em trazer o Movimento de Confissão da Igreja a existência.

O que fez as apologéticas e as polêmicas perder seu lugar em nossos seminários ? A mudança veio aproximadamente quando nós, como uma denominação, começamos a comprometer pontos de doutrina para acomodar nossa cultura. Racionalizamos nossas posições em vários assuntos sociais, tais como divórcio, coabitação, aborto, práticas de negócio antiéticas, etc. Como resultado, nos colocamos na posição de ter que escolher entre manter nossos membros ou sustentar uma declaração doutrinal definitiva. Pouco fez os líderes denominacionais das décadas de 1950 e 1960 para perceber os extremos aos quais os compromissos iriam, nem poderiam eles prever que aqueles compromissos realmente nos custariam mais membros do que a alternativa.

Por pelo menos dez anos, várias igrejas e presbitérios têm perguntado porque as Presbiterianas não têm uma declaração coerente que estabeleça os princípios de nossas crenças essenciais. Uma observação feita por aqueles que fazem a pergunta é que, na ausência de uma clara declaração doutrinal, nós estamos lutando contra cada "pensamento" teológico que aparece. Não temos um ponto de referência estabelecido do qual examinemos novas idéias.

Posto simplesmente: necessitamos reafirmar nossa doutrina. Doutrina tem duas definições: "1. Ensinamento, especialmente religioso. 2. A crença ou teologia de um grupo religioso particular." (Ibid). A questão então se levanta: como nós, que nos orgulhamos no ensino e estudo, podemos conquistar um lugar onde não podemos articular nossas posições teológicas ?

Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o humanismo secular parece ter se tornado a religião primária na prática Americana, e essa mudança tem alterado a estrutura de nossa sociedade. Em resposta a esta nova religião, parece que um número significante de nossos professores seminaristas tem se tornado mais interessados em trazer juntamente o povo para a criação de uma comunidade humana melhorada do que em promover o eterno reino de Deus. Esta tendência reduz a ênfase na doutrina porque reduz a importância da teologia de qualquer grupo religioso particular. Quando a necessidade percebida de preservar a unicidade de um grupo particular diminui, a necessidade de refutar erros dentro do grupo torna-se sem importância. Conseqüentemente, o estudo organizado nas disciplinas de Polêmicas tornam-se irrelevantes.

Em apenas alguns anos depois de decidir-se a dispensa do estudo de polêmicas, muitos de nossos líderes chegaram à conclusão que apologéticas não eram tampouco mais necessárias. Afinal de contas, se o mais importante assunto é que não ofendamos nossos companheiros seres humanos, por que necessitamos de uma defesa sistemática do Cristianismo ? Se mantivermos que qualquer sistema de crença sinceramente sustentado é válido, o que é ganho pela antagonização de outros, procurando impor nossas crenças a eles ? Finalmente, o impacto do humanismo secular nas políticas e posições de nossa igreja tem chegado a ser tão dramático que uma resposta pública tem se levantado em protesto.

Essa resposta é agora conhecida através do Movimento de Confissão da Igreja. Desafortunadamente, enquanto muito membros do grupo conhecem o que eles crêem e ao que se opõem, eles carecem das ferramentas analíticas necessárias para dissecar e expor as declarações teológicas que contradizem as Escrituras e nossas confissões. Esta inabilidade de articular uma clara posição teológica limita significativamente o impacto do CCM (Confessing Church Movement - Movimento de Confissão da Igreja) em nossa denominação como um todo.

Agora voltemos ao ponto crucial da discussão. Se devemos emergir como um movimento com um propósito, permita-nos começar com definições. Seguindo os princípios de apologéticas, o primeiro passo é determinar o que significa ser Cristão. Alguém não pode montar uma defesa de um sistema de crença se primeiro não defini-lo. Depois que decidirmos que há algo unicamente valioso em ser Cristão, devemos então definir a crença específica dentro do Cristianismo que nos faz Presbiterianos. Em outras palavras, devemos reviver as doutrinas históricas de nosso grupo particular. Ambos desses primeiros dois passos são razoavelmente diretos. Eles nos farão encarar alguns assuntos dentro de nós mesmos nos quais nos encontraremos desconfortáveis, mas através da graça de Deus e da direção do Espírito Santo podemos imergir em um relacionamento com Jesus, o Cristo.

É o passo seguinte no processo que nos trará em conflito com outros que se chamam a si próprios Presbiterianos. As polêmicas, como previamente declarado, nos chamam para engajar em controvérsia com o fim de refutar o erro. Isso significa que temos que estudar as Escrituras para conhecer qual é a verdade e devemos estudar os ensinamentos daqueles com quem discordamos para reconhecer o erro. Um estudo honesto sairá do quarto para que vejamos o erro não somente nos ensinamentos de outros, mas em nossas próprias interpretações também. Um de meus professores de seminário freqüentemente dizia: "Há falhas em minha teologia, eu apenas não sei ainda onde elas estão." Ele teve a sabedoria de apreciar, apesar de tudo o que tinha aprendido, que ele era humano e que sua compreensão era limitada, porém não deixou que sua consciência de suas limitações o impedisse de tomar uma posição.

Aqueles de nós que apóiam os conceitos do CCM têm uma obrigação de fazer do movimento algo mais do que uma oposição à ordenação homossexual. Devemos nos tornar envolvidos na batalha pela alma da Igreja Presbiteriana (U.S.A.). As pessoas nos bancos das igrejas, em grande escala, não recebem treinamento em doutrina. Eles não têm sido ensinados em uma compreensão sistemática do que significa ser um Cristão e um Presbiteriano do século vinte e um. Eles não têm sido ensinados sobre as origens e profundidades das opiniões que têm invadido nossas igrejas e que estão ameaçando invalidar seu testemunho de Jesus Cristo no mundo. Se desafiamos aos Presbiterianos de hoje a "pensar teologicamente" uma vez mais, podemos lhes equipar para reconhecer e derrotar as heresias, para cumprir os Grandes Fins da igreja e para honrar nosso Senhor pelo cumprimento da Grande Comissão.


Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 18 de Dezembro de 2002.


www.monergismo.com

Este site da web é uma realização de
Felipe Sabino de Araújo Neto®
Proclamando o Evangelho Genuíno de CRISTO JESUS, que é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê.

TOPO DA PÁGINA

Estamos às ordens para comentários e sugestões.

Livros Recomendados

Recomendamos os sites abaixo:

Academia Calvínia/Arquivo Spurgeon/ Arthur Pink / IPCB / Solano Portela /Textos da reforma / Thirdmill
Editora Cultura Cristã /Edirora Fiel / Editora Os Puritanos / Editora PES / Editora Vida Nova