Cristo: o Fim da Lei

por

Rev. Moisés Cavalcante Bezerril



 

Romanos 8:30: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”.


O termo “fim” pode ter dois sentidos na língua grega: 1) A idéia de conclusão ou término; 2) Perfeição ou cumprimento.

Ligado ao sentido de “perfeição ou cumprimento” o termo “fim” traz a idéia de “fim de intenção, ou seja, a intenção que Deus tinha em dar a Lei.

Ligado ao sentido de “término ou conclusão”, o termo “fim” pode muito bem se referir à Lei cerimonial, mas não pode ser restrita a este conceito, pelo fato de Paulo estar falando de uma Lei que produz justificação.

No sentido de cumprimento ou perfeição, podemos fundamentar esta verdade em outro texto como, Gl 3:24. Cristo é a perfeição e o cumprimento da exigência da Lei de Deus.

Mas, contextualmente, o texto afirma que Cristo é o fim, o término de toda tentativa inútil de justificação pelas obras da Lei. Essa era a tentativa inútil dos fariseus, os quais Paulo estava rebatendo neste texto. A prova deste argumento são os versículos seguintes.

Podemos então extrair três sentidos em que Cristo é o fim da Lei:

1.  Que Jesus é a intenção da Lei. A Lei sempre conduz o homem a Cristo.

2.  Que Jesus é a total satisfação da Lei de Deus, pois só ele pode cumprir as exigências da Lei. Ele é a perfeição e o cumprimento da Lei.

3.  Que Jesus põe fim a toda tentativa errônea de se chegar a Deus por uma justiça própria.

 

Todas estas verdades têm argumento bíblico.  

 

Por que Cristo é o fim da Lei?

 

1. Porque é Divina intenção da Lei conduzir pecadores a Cristo.

O texto de 2 Co 3:7-16 nos mostra que uma das fraquezas dos israelitas foi não perceberem que o fim do ministério de Moisés era Cristo. Cristo era o objeto Glorioso da administração da Lei, mas o véu estava posto sobre o coração daqueles israelitas de maneira que eles não puderam Ter essa visão, e tentaram uma auto-justificação.

O texto de Gl 3:23,24 também aponta para esta mesma verdade quando chama a Cristo de “fé que está para ser revelada”. Aqui, não é somente a Lei moral que está sendo referida, mas todo o Pacto Mosaico do Sinaítico era comparado à direção e à disciplina de um pedadgogo. Nesse sentido, a Lei não somente aponta o pecado do homem, não somente o condena, mas apresenta-lhe o caminho da sua salvação: Cristo.


2. Porque é divina intenção da lei aceitar pecadores que cumprem a Lei.

Por causa da queda é impossível que o homem atinja este alvo. Mas foi Cristo quem cumpriu este alvo para os pecadores que crêem nEle. (A história de Adão)

Se o alvo das leis humanas é tornar os homens bons e honestos, muito mais é a Lei divina. Mas a possibilidade da Lei de Deus tornar um homem bom está tão longe que ela termina por produzir todo tipo de mal nele, efeito esse que Paulo afirmou ter experimentado quando ainda não era crente. Assim, a Lei, a qual é designada para produzir bondade e vida, torna a causa do pecado e morte (expor Rm 7). Afim de que a Lei fosse cumprida, Cristo tomou a natureza humana sobre si, de maneira que a justiça da lei fosse cumprida naqueles aos quais ele redimiu.

 

3. Porque é intenção da Lei justificar pecadores através dos méritos de Cristo.

A Palavra de Deus nos ensina que é a obediência de Cristo à Lei que é reconhecida como sendo a do pecador, e que em Cristo temos a segurança de que a Lei foi cumprida.

A prova desta verdade está no fato de que Paulo chama a Cristo de Segundo Adão (Rm 5:12-21). Esta mesma verdade é provada em 2 Co 5:19,20, quando Paulo ensina que Cristo foi tornado pecado por imputação; da mesma maneira, aos crentes é dada a justiça de Deus nEle. O mesmo ensino podemos encontrar em Rm 8:1-4.

Este ensino deve nos levar a entender que por causa do cumprimento da Lei por Cristo como segurança para o pecador, o homem verdadeiramente obtém vida eterna de acordo com a lei “faça isto e viverás”. Não há nenhuma razão para se inferir que a justiça para a vida eterna venha através de cooperação pelo fato dela ser obtida por fé e não por obras, (Rm 4:4-5; 4:14).


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