1. Seus julgamentos são
acurados, pois Ele prova os corações dos homens (17:3;
21:2; 24:12). Como McKane explica,
“Ele é um
juiz que não perde nada...e que submete os homens a um processo
de teste que revela tudo o que há neles. Duas imagens são
construídas como similitudes da atividade de Iavé no julgamento
ou averiguação da qualidade dos homens.. Como a genuinidade
e a pureza da prata e do ouro são provadas na fornalha, assim Iavé
é o Ensaiador que prova os motivos humanos, separando os espúrios
dos genuínos e averiguando o que o homem é, em oposição
ao que ele professa ser”.
2. Seus julgamentos são
certos (11:5; 12:14; 16:4; 24:12). Note o comum refrão “não
ficará impune ” em 11:21; 16:5; 17:5; 19:5; 28:20. A justiça
de Deus é infalível e imutável (ela nunca será
vencida por um supremo tribunal baseado em alguma tecnalidade!).
1. sobre todas nossas
ações e palavras (16:1-3,9)
Por toda sua ênfase
no bom senso, Provérbios exalta a fé acima da sabedoria;
e por toda sua ênfase na prudência, os caminhos dos homens
são determinados pela providência divina.
Note especialmente os
versos 2,9. “Deus sustenta uma balança justa e testa a genuinidade
dos impulsos que motivam os atos. Conseqüentemente, os homens não
deveriam ser guiados por seu próprio julgamento, mas aplicar o
critério de como isto seria julgado por Deus” (Cohen, 103).
No verso 3, “obras”
não se refere àquelas já realizadas, mas às
“ações projetadas” ou “planos”,
como nos versos 1-2. Veja 19:21. “Confiar o projeto de alguém
a Iavé implica um elemento de resignação à
vontade de Iavé, uma disposição de abrir mão
de tudo que vá de encontro com a resolução de Iavé
e assim, uma busca pela sintonia e harmonia. Este é o caminho que
um homem deve tomar se ele deseja se assegurar de que seus planos não
serão anulados pelo veto de Iavé e assim, fracassar em sua
implementação” (McKane,
497).
Quanto ao verso.
9, “um homem pode planejar seu caminho até os últimos
detalhes, mas ele não pode implementar seu plano, a menos que ele
coincida com o plano de Iavé para ele. Ele está enganado
se supõe que tem controle irrestrito e que pode impor sua vontade
sobre toda situação, sem limitação para tornar
seu plano uma realidade, pois é Iavé quem ordena os seus
passos” (McKane, 495-96).
2. sobre o destino dos ímpios (16:4)
Não há fins
perdidos no governo providencial de Deus do mundo: até mesmo o
ímpio está debaixo de Sua supervisão. Note bem: há
uma diferença entre fazer uma pessoa para condená-la, e
apontar uma pessoa para condená-la por sua impiedade. Deus apontou
todas as coisas e todas as pessoas para seu devido fim, para que Ele possa
receber toda a glória.
3. sobre a sorte lançada (16:33)
O lançamento de
sortes era freqüentemente usado no Antigo Testamento para determinar
a vontade de Deus. Veja Levítico
16:7-10,21,22; Josué 7:14 (conforme 1 Samuel 14:42); 14:2; 18:6;
1 Crônicas 6:54ss.; 25:7,8; 26:13ss; Neemias 10:34ss. Veja também
Mateus 27:35; Atos 1:26. Embora a decisão seja alcançada
aparentemente por um processo arbitrário, Deus está no controle
absoluto. Como alguém disse, “O homem arremessa os dados,
mas Deus determina os números que aparecerem”.
4. sobre o coração do rei
(21:1)
Do mesmíssimo modo
que um irrigador pode mudar o curso de um rio para a direção
que ele desejar, assim também Deus inclina o coração
de um rei, até mesmo dos incrédulos. Veja Gênesis
20:6; Êxodo 4:21; 7:3; 9:16; 10:1-2; 14:4-5; Isaías 10:5-19;
45:1-13; Esdras 1:1,5 (Ciro, rei da Pérsia); Jeremias 25:3-14;
Habacuque 1:5-11; Atos 4:25-28; Apocalipse 17:16-17.
5. sobre a batalha e suas conseqüências
(21:30-31)
Veja também Salmos
20:7; 33:13-17; Isaías 31:1-3.
6. sobre nossas almas (24:12c; 18:10; 30:5b)