Gênesis 1:1

por

C. H. Mackintosh



A Potestade e Majestade de Deus na Obra da Criação

Existe qualquer coisa particularmente notável na maneira como o Espírito Santo abre este livro sublime. Ele apresenta-nos, imediatamente, a Deus, na plenitude essencial do Seu ser e no isolamento da Sua atuação. Toda a matéria preliminar é dispensada. É a Deus que somos trazidos. Ouvimo-Lo, de fato, quebrando o silêncio e brilhando sobre as trevas da terra com o propósito de fomentar um globo no qual pudesse mostrar o Seu poder eterno e a Sua Divindade.

Não há nada aqui em que a vã curiosidade possa alimentar-se nada em que a pobre mente humana possa fazer especulação. Existe a perfeição e realidade da VERDADE DIVINA no seu poder moral para atuar sobre o coração e o entendimento. Nunca poderia estar dentro do alcance do Espírito de Deus satisfazer a vã curiosidade apresentando teorias curiosas.

Os geólogos podem explorar as entranhas da terra e extrair delas materiais donde podem tirar conclusões para ajuntar e, nalguns casos, contradizer o relato divino. Podem especular com os restos de fósseis; porém, o discípulo do Senhor agarra-se, com santo prazer, às páginas inspiradas: lê, crê e adora a Deus. Possamos nós, neste espírito, prosseguir o estudo do livro profundo que temos agora aberto. Possamos nós saber o que é “aprender no templo”. Oxalá que a nossa investigação do conteúdo da Escritura Sagrada seja sempre feita no verdadeiro espírito de adoração.

“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. A primeira frase no cânon divino coloca-nos na presença d'Aquele que é a origem infinita de toda a verdadeira bem-aventurança. Não há apontamento elaborado em prova da existência de Deus. O Espírito Santo não trata de nada dessa espécie. Deus revela-se a Si. Faz-se conhecer pelas Suas obras: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos” (Salmos 19:1). “Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor” (Salmos 145:10). “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-poderoso!” (Apolicapse 15:3).

Ninguém, a não ser um infiel ou ateu, procuraria um argumento para provar a existência de Um que, pela palavra da Sua boca, chamou os mundos à existência e Se revelou a Si Mesmo como o Deus Todo-poderoso e eterno. Quem, senão Deus, podia criar alguma coisa? “Levantai ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todos chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela fortaleza do seu poder, nenhuma faltará” (Isaías 40:26). “...os deuses das nações são vaidades; porém o Senhor fez os céus” (1 Crônicas 16:26).

No livro de Jó, capítulos 38 a 41, temos um apelo feito do modo mais sublime, da parte do Senhor, à obra da criação, como um argumento incontestável da Sua superioridade infinita; e este apelo, ao mesmo tempo que põe perante a compreensão a prova mais ardente e convincente da onipotência de Deus, toca o coração, também, pela sua assombrosa condescendência. A majestade, o amor, o poder e a ternura são divinos.

 

 


Fonte: Extraído do livro “Estudos sobre o livro de Gênesis” de C. H. Mackintosh.


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