Jesus disse que João Batista era Elias reencarnado?

por

Norman Geisler



A MÁ INTERPRETAÇÃO: Jesus refere-se aqui a João Batista como “o Elias que havia de vir” (confira Mt 17.12; Mc 9.11-13). Mas uma vez que Elias havia morrido há muitos séculos antes dessa ocasião, alguns reencarnacionistas têm alegado que João deve ter sido uma reencarnação de Elias.


CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO
: Existem muitas razões pelas quais esse verso não oferece qualquer suporte à visão oriental, ou da Nova Era, sobre a reencarnação.

Mesmo que fosse possível mostrar essa passagem como uma referência a Elias ter reencarnado em João Batista, ainda se trataria de uma reencarnação muito diferente daquela que é pregada pelas seitas da Nova Era:

1) Se isso fosse verdade, seria uma reencarnação única, e não seguiria o modelo de reencarnações infindáveis como pregado pelas religiões orientais;

2) Se isso fosse verdade, teria ocorrido no contexto teísta e não na visão panteísta de mundo;

3) Não haveria o conceito de karma, através do qual essas seitas dizem que uma pessoa se reencarna para ser punida pelo que aconteceu em uma existência prévia. Ora, dificilmente o fato de retornar como o maior profeta que precedeu Jesus teria sido um castigo para Elias (Mateus 11.11).

Contudo, não é necessário entender essa passagem como uma reencarnação literal de Elias. Existem várias indicações no próprio texto de que ela significa simplesmente que João ministrou no espírito e poder de Elias. Em primeiro lugar, João e Elias não tiveram o mesmo ser — eles tiveram a mesma função. Jesus não estava ensinando que João Batista fosse literalmente Elias, mas apenas que ele veio “no espírito e virtude de Elias” (Lucas 1.17), com o fim de dar continuidade ao ministério profético de Elias.

Em segundo lugar, os discípulos de Jesus compreenderam que Ele estava falando a respeito de João Batista, uma vez que Elias apareceu no monte da transfiguração (Mateus 17.10-13). Como o profeta nessa ocasião já havia vivido e morrido, e uma vez que Elias ainda possuía o mesmo nome e a sua própria consciência, é óbvio que Elias não havia reencarnado em João Batista.

Em terceiro lugar, Elias não se enquadra no modelo proposto pelos defensores da reencarnação, pois ele não morreu. Ele foi tomado e levado ao céu do mesmo modo que Enoque, que “não viu a morte” (2 Reis 2.11; conf. Hebreus 11.5). De acordo com a crença tradicional das seitas a respeito da reencarnação, uma pessoa precisa primeiramente morrer antes que possa ser reencarnada em outro corpo.

Em quarto lugar, essa passagem deve ser compreendida à luz dos ensinos claros das Escrituras, que são contrários à reencarnação. Hebreus 9.27, por exemplo, declara: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (confira João 9.2).


Fonte: Normal L. Geisler e Ron Rhodes, “Respostas às Seitas - Um Manual Popular Sobre as Interpretações Equivocadas das Seitas”, Editora CPAD. 


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