Creio no Dia do Senhor

por

Pr. Walter Santos Baptista


Lembra-te do dia do descanso, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o repouso do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro Das tuas portas. Por que em seis dias fez o Senhor o Céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; Por isso o Senhor abençoou o dia do repouso e o santificou” (Ex 20.8-11)

Creio no Dia do Senhor; creio no Dia do Descanso por duas razões, pelo menos: por Quem foi instituído, e para que o foi. Creio no Dia do Senhor porque a Escritura Sagrada apresenta o cuidado e carinho do Criador pela sua criatura, criada à Sua imagem e semelhança; creio porque o próprio Deus descansou; creio pelo aspecto humanitário, e pela sua dimensão altamente espiritual. Creio no Dia do Senhor porque todo o esquema da criação e da nova criação se explica no dia do repouso semanal. E, naturalmente, há um princípio que, embasando o Dia do Descanso, o torna sagrado, separado, santificado: é o princípio de que “a parte significa o todo” (quem se aventurou pelos estudos da estilística reconhece que essa é uma figura de linguagem que toma o nome de sinédoque). É altamente significativo esse princípio para várias práticas do Antigo Testamento, práticas e usos que encontram respaldo na Nova Aliança: no Pentateuco, encontramos o conceito de que se traziam as primícias da colheita para que toda a colheita fosse santificada (Ex. 19.6; Lv 20.26; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6); uma família, a de Abraão, que foi escolhida por Deus para que todas as famílias fossem abençoadas (Gn 12. 1-3; 18.1,18; 27.29); um homem no meio dos outros homens para que todos fossem abençoados (Ex. 28.1; Mt 10.1 ss); o primeiro filho separado e escolhido dos outros filhos para que toda a família fosse abençoada (Ex 22.19b; Jo 3.16; Rm 8.29); 10% da renda para que abençoada seja toda a renda (Lv. 27.30; M1 3.10; Mt 23.23; Lc 11.42); o conceito de um alguém que padece intensos sofrimentos, o “Servo Sofredor”, para que todos possam ser resgatados da maldição e da dor (Is 53.1-12; Hb 9.28; 1Pe 2.21-24).

O mesmo acontece quanto ao Dia do Descanso, quando se reconhece que o tempo pertence a Deus, bem como o todo da criação (Ex 20.8-11; Dt 5.12-15; Lc 13.10-17; Hb 4.9-11)!


O SÉTIMO DIA

Vamos partir de um consenso: é preciso traduzir o nome do sétimo dia para tornar o conceito e seu ensino claro, de modo que ninguém confunda o abençoado conceito com o dia da semana em português que tem o mesmo nome.

A palavra sábado não pertence à nossa língua, é uma transliteração, um aportuguesamento de uma palavra hebraica (Shabbath) que significa “cessação”. Alguém está trabalhando e faz uma pausa no que está fazendo, em hebraico dirá, “vou fazer um shabbath agora”). Significa “interrupção”; é o caso de você estar escrevendo uma carta, o telefone toca e você interrompe o que estava fazendo. Em hebraico, dir-se-ia “preciso fazer um shabbat para atender o telefone”. Outras traduções possíveis são “repouso, abstenção, desistência”, e, por incrível que pareça, a palavra “greve” do hebraico contemporâneo se traduz por shabbath, por ser uma “cessação de trabalho”. Por essas razões, no possível, usaremos a expressão “Dia de Descanso” que é precisamente o que significa o hebraico Yom haShabbath, dia de “sábado”, dia de repouso. Esclareçamos que os hebreus dividiam o tempo desta maneira: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, quarto dia, quinto dia, sexto dia e Dia do Descanso.


PARA ENTENDER...

É necessário que se traduza para que compreendamos a revelação divina, e não nos apeguemos à guarda de um dia do calendário considerado imutável, além de atribuir conotações cerimoniais a uma lei apodítica, moral. Aliás, o dia semanal chamado sábado encontra barreiras no fuso horário. São 11h10, o que significa que começamos o “sábado” do calendário antes de os habitantes dos Estados Unidos (eles mesmos separados no tempo por vários fusos horários) terem começado o “sábado” deles. Se o sábado é imutável, criou-se um problema! E os crentes japoneses já terminaram o culto desta noite e voltaram para casa porque no Japão são 23h10, e já estão dormindo ou se preparando para isso. O fuso horário se tornou herege: no horário de verão, adianta-se uma hora; no horário de inverno, nos Estados Unidos, atrasam uma hora.

E nós aprendemos com a Palavra de Deus que a observância do Dia de Descanso é anterior à entrega da Lei no Sinai. Se alguém pensa que este significativo e abençoador dia foi estabelecido na entrega da Lei no Sinai, deve tomar conhecimento de que já era observado.

Na realidade, quando da concessão do alimento chamado maná (Ex 16), o relato o menciona:

E ele lhes disse: Isto é o que o Senhor tem dito: Amanhã é repouso, sábado santo ao Senhor; o que quiserdes assar ao forno, assai-o, e o que quiserdes cozer em água; e tudo o que sobejar, ponde-o de lado para vós, guardando-o para amanhã. Guardaram-no, pois, até o dia seguinte, como Moisés tinha ordenado; e não cheirou mal, nem houve nele bicho algum. Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do Senhor; hoje não o achareis do campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá” (Ex 16.23-26).

Já existia, portanto, o Dia de Descanso, que vinha sendo observado pelo povo de Deus. E porque o costume do descanso já existia, foi incorporado à Lei com essa recomendação no quarto mandamento: “Lembra-te do dia do descanso para o santificar”. Isso nos ensina que a guarda do repouso semanal é marca e evidência da liberdade do ser humano, da sua liberdade individual. Essa é a dimensão humanitária desse dia da qual todos (escravos, estrangeiros, e, mesmo, os animais) deviam se beneficiar de acordo com Êxodo 20.10: “Nesse dia nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas”. E isso nos ensina que temos a tarefa não só de guardar, mas de “santificar” esse dia; não apenas descanso físico, mas de sustento para o espírito. Nosso ritmo humano de trabalho e descanso, trabalho por seis dias, e descanso em um dia, é reflexo da imagem de Deus porque a Bíblia diz em Gênesis 2.2: “Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera”.


O PRIMEIRO DIA

Há um aspecto sagrado no descanso, não no dia da semana (Ex 20.8ss). Esse é o problema de certos grupos religiosos que enfatizam o dia da semana. O que é sagrado não é o dia da semana, mas o descanso, quem é sagrado é o ser humano, porque o próprio Senhor Jesus ensinou que o Dia do Descanso foi feito para o ser humano, não a pessoa para a instituição. Se assim acontecesse, seria um tremendo revés para o plano divino. Quem é imagem e semelhança de Deus é o irmão/a irmã, não o dia. Não é nosso objetivo colocar oposição entre dia e dia, entre o sábado e o domingo, até para não incorremos na condenação paulina que diz “...como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias...” (Gl 4.10) e “um faz diferença entre dia e dia” (Rm 14.5), como também, “ninguém vos julgue... por causa de sábados” (Cl 2.16b), mas apresentar o aspecto sagrado do repouso da máquina humana.

É preciso encarar esse assunto em termos de tempo e de eternidade. Estamos falando, ao discutir o descanso, de algo mais que contagem de tempo. Estamos falando de muito além que contar minutos para fechar a loja. Fixar-se num dia da semana é perder o senso da eternidade, mesmo porque nós não podemos doutrinar em cima de sombras do calendário (cf. Hb 10.1), o sábado temporal, e fazê-lo é perder a noção de que Jesus Cristo, Ele, sim, é o nosso Shabbath, o nosso descanso, como mencionado em Hebreus 4.3: “Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo”.


O QUE É ETERNO

O acima mencionado é o outro aspecto que deve ser enaltecido: o eterno. Nos dias do ministério terreno de Jesus Cristo, criou-se um extremado fanatismo quanto à questão do descanso semanal, pois, além de não se preparar alimento nesse dia para não acender o fogo, os utensílios usados nem eram removidos e lavados. Há uma explicação mais demorada, detalhada e lúcida sobre este assunto no livro A Guarda do Sábado, de autoria do Pr. Aníbal Pereira Reis. Os essênios nem iam ao sanitário?! Era proibido, entre outras coisas, acender e apagar candeeiro, cozinhar ovo, atar e desatar nó numa corda, dar pontos com uma agulha, escrever duas letras, esfregar as mãos, andar mais que um certo número de passos (cf. At 1.12), e até prestar socorro a alguém que tivesse membros do corpo quebrados, curar, portanto.

Contra esse tipo de mentalidade, Jesus Cristo reagiu por ter observado que haviam perdido a dimensão eterna pelas mesquinharias que foram chamadas de religião! E, por essa razão, curou doentes no dia de descanso:

· curou um paralítico no poço de Betesda (Jo 5.1-18; cf. v. 9), razão porque foi duplamente chamado de herege (cf. v. 18);

· curou uma cego de nascença (Jo 9.1-7, 13,14,16);

· curou um homem de mão atrofiada (Mc 3.1-6; Lc 6.6-11);

· curou uma mulher com terrível problema na coluna (Lc 13.10-17),

· e permitiu, no dia do Shabbath, atividades que eram proibidas pela Lei porque Ele é superior à Lei e Senhor da mesma. Era proibido colher trigo para a alimentação, no entanto, permitiu que as espigas fossem colhidas (Mc 2.23-28).

Sentiram que importante e digno é o ser humano, imagem do nosso Deus, semelhança do Criador? Sentiram que a Lei e as suas instituições devem ser vistas à luz da eternidade?

Realmente, a carta aos Hebreus diz que a Lei é a sombra dos bens futuros, razão porque afirmamos que não se pode doutrinar em cima de sombras (cf. Hb 10.1). Portanto, com a Nova Aliança, as figuras e sombras da Antiga Aliança caducaram, e com elas os dias solenes dos judeus.

· É o caso de Levítico 23.48 que registra a instituição, e regulação da Páscoa (23.4.8); encontramos, pelo contrário, na Nova Aliança, o apóstolo Paulo dizendo que Jesus Cristo é a nossa páscoa (1Co 5.7).

· O Antigo Testamento faz referência às primícias (Lv 23.9-25), e quando Paulo escreve 1Coríntios 15.20, diz que Jesus Cristo é “as primícias dos que dormem”.

· Levítico 23.33-44, ainda, menciona a Festa dos Tabernáculos ou Festa das Tendas Sukkoth), mas o Evangelho de João registra que o próprio Deus tabernaculou, “armou Sua tenda”, habitou no nosso meio (cf 1.4).

· E sobre o Dia da Expiação, o Yom Kippur (Lv 23.26-32), verifica-se que esse Dia do Perdão encontra o seu lado concreto no Calvário (Hb 2.17) porque esta solene festa judaica, um dos chamados pelos judeus de “dias terríveis” é só uma sombra do Calvário que está projetada.

· Assim é que também encontramos o Dia de Descanso, o Yom Shabbath (Lv 23.3), porque Jesus Cristo, Ele, sim, é o nosso shabbath, o nosso repouso (Hb 4.1ss).

Oséias, o profeta, vai predizer no capítulo 2.11, que todas essa solenidades serão abolidas. “Também farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas assembléias solenes”. Com a Nova Aliança, não estamos mais presos ao tempo, mas, sim, abençoadamente ligados à eternidade pelo sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. E o apóstolo Paulo o afirma: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.16,17).


CREIO NO DIA DO DESCANSO

Creio no Dia do Senhor porque creio na Nova Aliança de Deus com a humanidade, e nas realidades que ela ampliou do Antigo Pacto do Sinai!

Creio no Dia do Senhor porque creio no sangue derramado de Jesus Cristo!

Creio que o sacerdócio da Antiga Aliança foi conservado, mas foi ampliado, e o foi com um novo Sumo Sacerdote que é Jesus Cristo, (Hb 2.9-17; 4.14,15; 7.1-28; 9.11ss), e o acesso a esse sacerdócio por todos os crentes (Hb 10.19-23; 1Pe 2.5,9; Ap 1.6; 5.10; 20.6; 1Tm 2.1; Ef 6.18).

Creio que o crente em Jesus Cristo, o salvo pelo Seu sangue é um sacerdote no reino de Deus!

Creio no sacrifício único e eterno de Jesus Cristo (Hb 7.26,27; 9.24-28; 10.11-14)!

Creio nas leis morais, até mesmo naquelas mais estritas, porque Jesus Cristo vê a intenção, e não apenas o ato! Creio, portanto, na conservação do descanso!

Creio no Dia do Senhor porque aprendo com meu Mestre que a ênfase deve ser dada ao conceito, e não ao dia em si!

Creio no Dia do Descanso porque Jesus Cristo é o Senhor desse dia, e o ser humano é superior à instituição temporal: “E prosseguiu [Jesus]: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27).


MAS, POR QUE O PRIMEIRO DIA DA SEMANA?

Quando o cristão guarda o primeiro dia da semana, ele o faz no espírito de um novo mandamento, baseado em uma Nova Aliança, e ambos como cumprimento do antigo mandamento e da Antiga Aliança cumpridos na fé cristã.

Por que o primeiro dia da semana? Porque a ressurreição de Jesus Cristo é o acontecimento fundamental do evangelho, e realmente tudo no evangelho olha para a ressurreição (cf. 1 Co 15.14,17,19). Que maravilha termos como referencial o túmulo vazio! O dia da semana, em si, nada significa, mas, o que nele ocorreu, sim! Vejam só: o dia 2 de Julho nada significa no Ceará, ou no Mato Grosso, ou em Santa Catarina! Mas é significativo na Bahia porque é o Dia da Independência deste estado ocorrida em 1823. Fora da Bahia não tem sentido! 17 de Abril nada significa para outras igrejas na cidade do Salvador, mas tem mérito na Igreja Batista Sião, que foi organizada nesta data em 1936.

O primeiro dia da semana tem significado para o cristão porque em um primeiro dia da semana Jesus Cristo ressuscitou (Mt 28.1; Mc 16.1,2; Lc 24.1; Jo 20.1), e desde os tempos apostólicos, esse dia vem sendo reservado (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10, e escritos antigos), e Jesus ressuscitado Se encontrou com os discípulos no primeiro dia da semana (Mc 16.9; Mt 28.9; Lc 24.13,15,36ss; Jo 20.19,26).

Por que o primeiro dia da semana? Porque depois de estar debaixo de extrema humilhação num fim de semana, Jesus Cristo, no primeiro dia da semana, gloriosamente ressuscitou. De modo que olhamos o dia do descanso, seja ele o primeiro dia da semana (o descanso temporal), seja o descanso eterno, à luz da ressurreição!

E é por essa razão que na Nova Aliança o dia de descanso se chama “Dia do Senhor”, significado exato da palavra domingo. Quando se fala “domingo” está sendo usada uma expressão da língua latina, dies dominica, ou seja, “dia que pertence ao Senhor”, porque nesse dia, o primeiro da semana (a prima feria), nossos irmãos da Igreja Apostólica descansavam. Reuniam-se para a Ceia do Senhor: “No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite” (At 20.7); e preparavam ofertas de amor: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não faça coletas quando eu chegar” (1 Co 16.2).

Eles o faziam no dia da ressurreição de Jesus Cristo! E é isso exatamente o que fazemos, porque compreendemos que o dia do descanso é vital, não é formal, e encontra expressão numa experiência de crescimento, e celebra um acontecimento, e expressa e promove uma experiência transcendental no significado para o crente em Jesus Cristo!

Também porque compreendemos que é um memorial de experiência, um monumento à verdade (os antigos hebreus comemoravam o que devia ser lembrado levantando colunas. Colocavam uma pedra, e outra pedra, e uma pedra mais, e assim por diante de modo que levantavam um pilar, uma coluna, um altar (Gn 28.18; Js 22.10) para indicar que alguma coisa importante havia sucedido).

Compreendemos que, sendo um memorial de uma eterna experiência, no Dia do Senhor, homens e mulheres confessam, individual e coletivamente, sua fé na obra divina da criação de uma nova raça humana, obra divina que se fez em nós. Dizemos “eu compreendo a imortalidade desta pessoa por causa da ressurreição de Cristo”, e tudo isso lembramos neste primeiro dia da semana (cf. 1Co 15.22).

Compreendemos que o Dia do Descanso enfatiza a espiritualidade da vida humana, e lembramos Lucas 12.15: “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui”. Não é o material, mas o espiritual que vale, e nós somos desafiados a considerar essas interpretações da vida, decidindo por uma posição materialista, aceitando essa abundância de coisas, ou uma posição espiritual, recebendo de mente e coração abertos essa bênção que desejamos e continuamos a desejar e praticar.

Creio no Dia do Senhor porque eu me rejubilo nele! Ah, como me alegro, e posso exclamar como o fez o poeta de Israel: “Este é o dia que o Senhor fez; regozigemo-nos, e alegremo-nos nele” (Sl 118.24). Alegro-me por sua mensagem de ressurreição, e o próprio Senhor Jesus Cristo diz: “Não temas; eu sou o primeiro e o último, e o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos séculos; e tenho as chaves da morte e do hades” (Ap 1.17b,18). Creio no Dia do Senhor porque é um dia de culto, de descanso, de renovação da vida; é um dia de reconhecimento de Deus, de comunhão com Deus, de dedicação do eu em tempo e vida a Deus.

O Dia de Descanso é um tipo dos céus. Já pensaram que toda a boa música que praticada nas igrejas é apenas uma sombra do que vem, quando mudaremos toda nossa atividade para o louvor? A pregação vai acabar, a Bíblia diz que “as profecias serão aniquiladas” (1Co 13.8) e restará o eterno louvor do coro dos anjos e salvos! No entanto, lembremos que aos olhos cristãos nenhum dia é mais santo que o outro. Vamos rever os conceitos: não existe dia mais santo que outro porque neles devemos trabalhar, e o trabalho sempre foi considerado uma santa missão. (cf. Ex 20.9).

É assim que o Dia do Senhor dá profundidade, dimensão, altura e significado aos demais dias! Que o Senhor nos ajude a compreender essa tão grande realidade, e a compreender que Jesus Cristo, Ele sim, é o nosso eterno descanso!


Sobre o autor: Walter Santos Baptista é Pastor da Igreja Batista Sião em Salvador, BA. Agradecemos ao autor pela autorização escrita para publicarmos os seus artigos no Monergismo.com.


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