O Dia Santo I

por

Rev. Mauro Sérgio Aiello

 

O quarto mandamento é claro: de sete dias que compõem a semana, um deve ser separado e totalmente dedicado ao Senhor. O povo de Israel deveria se lembrar disso, pois quando eram escravos no Egito, essa norma não valia. Lá no Egito, como escravos, eles tinham que servir em qualquer hora, em qualquer dia.

Seis dias são concedidos por Deus para que neles o povo se dedicasse aos seus afazeres. Cuidar da caminhada, dos animais, da montagem do Tabernáculo Móvel, colher o Maná, estudar, outras coisas que iriam se constituir em base para que a estrutura social da nação deveriam ser tarefas desenvolvidas em seis dias, mas no sétimo dia, tudo isso deveria cessar. É óbvio que algumas dessas atividades já eram observadas mesmo no cativeiro. No sétimo dia, todas as energias, tanto físicas como psicológicas e toda espiritualidade deveriam ser convergidos para a Adoração ao Eterno Deus de toda Providência. A palavra hebraica shabbat deriva-se do verbo cessar para descanso . Assim o dia de descanso deveria ser caracterizado por esse cessar de fazer as coisas comuns e ordinárias e dedicar-se à Adoração e ao Culto ao Único e Verdadeiro Deus.

O texto diz: “porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” (Êxodo 20:11) Ora, Deus não descansou no sentido em que nós descansamos. A idéia é de que Deus cessou sua obra no sétimo dia. Ele não a continuou no outro dia, pois ela foi totalmente concluída em seis dias. O modelo nos é fornecido por Deus, e Ele alerta ao seu povo neste quarto mandamento a que não se esqueça de separar o sétimo dia para servi-lo de forma integral e plena. Santificar é o verbo que define como Israel deveria se relacionar com seu Deus.

Há uma intrínseca relação entre os primeiros quatro mandamentos; o primeiro falou do objeto de culto, o segundo dos meios do culto, o terceiro da maneira do culto e o quarto fala da separação de um dia para o Culto. É nesse dia que Deus deve ser considerado integralmente como objeto de Culto, pois foi no sábado, o sétimo dia, que Ele descansou depois de ter criado todas as coisas e foi no primeiro dia da semana, o domingo, que Jesus ressuscitou, culminando assim sua obra redentiva. Assim ao guardar o Dia do Senhor os israelitas lembravam-se de sua Criação.

Hoje a cristandade consagrou não o sétimo, mas sim o primeiro dia da semana como Dia Santo, o Dia do Senhor, já que foi nele que nossa plena redenção foi consumada com a ressurreição de Cristo Jesus. Assim, o primeiro dia da semana é o sábado do Cristão assim como o sétimo dia era o sábado do povo de Israel. (Ap. 1.10; I Cor. 16.1-2; João 20.19; At. 20.7).

A Igreja de hoje faz muitas concessões. Hoje algumas poucas horas de Culto Matutino, Escola Bíblica Dominical, Culto Noturno, já são considerados os eventos que rotulamos como Dia do Senhor. Alguns escolhem em sua agenda qual dessas atividades vai optar e reduzem o Dia do Senhor a apenas isso. Outros, lamentavelmente, nem isso fazem. Usam os outros seis dias e ainda negligenciam o Dia do Senhor, usando-o para seu bel prazer. Por isso a história da Igreja tem mostrado que, quando isso acontece, ela perde sua força, e sua atividade evangelística se enfraquece.

Querido leitor, resgatemos a seriedade e a urgência da observância desse quarto mandamento se desejamos ter uma jornada segura e feliz neste deserto em que vivemos a caminho da terra prometida.



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