O Quarto Mandamento.
O Dia de Repouso no Antigo Testamento

por

J. C. Janse



Comentário sobre a pergunta 103 do Catecismo de Heidelberg:

Desde a criação, houve diferença entre o sétimo dia que Deus santificou, e os outros seis dias, sendo tido em grande estima o dia santo pelos filhos de Deus, que descansavam de todo trabalho, e levavam suas ofertas ao tabernáculo e depois ao templo, para glorificar o nome do Senhor.

Deus deu a Seu povo o mandamento do sábado (repouso) para que o guardassem, como Ele mesmo o guardou. Depois de ter criado o mundo em seis dias, descansou o sétimo, recreando-se em Sua obra; e deu a Seu povo também um dia para repousar. Por isso Deus santificou esse dia, chamando-o de Seu dia. A Israel foi ordenado repousar de seu trabalho para recuperar as forças, e isto era ao mesmo tempo para Israel, sob o Antigo Testamento, uma figura do descanso eterno. Deus proibiu a Israel o trabalho sem interrupção, que praticavam os povos pagãos. Estava proibido inclusive o cortar lenha ou fazer fogo, como se fazia nos outros dias da semana. Neste dia dever-se-ia atender à santa reunião (Levítico 23:3) no tabernáculo ou templo, e logo na sinagoga. E todo aquele que não guardava este mandamento, quebrava o pacto de Deus, e significava, não somente que desprezava o bom cuidado de Deus, mas também que recusava o descanso eterno, merecendo a morte por este delito (Números 15:32-36). Até mesmo os escravos e os animais tinham a oportunidade de descansar (Êxodo 23:12). Aquele era um benefício para todo o povo. Contudo, Israel se esqueceu muitas vezes das instituições divinas.

Neemias teve que lutar fortemente contra a quebra do dia do repouso, fechando as portas aos que queriam vender pesca e fruta, à entrada de Jerusalém (Neemias 13:14-22).

Mais adiante, e durante muito tempo, os israelitas fizeram do sábado um dia de muita religiosidade, parecendo mui piedosos e crendo que assim poderiam se justificar diante de Deus. Isto alguns já faziam nos dias de Isaías (Isaías 58), e logo foi um costume dos fariseus; porém Cristo ensinou a verdadeira forma de celebrar o sábado, curando enfermos para que seu Pai fosse glorificado. O dia de descanso é um dia de regozijo, no qual Deus deve ser adorado.

Fonte: “La Confesión de La Iglesia” (Felire,1985), comentada por J. C. Janse , página 151.

Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 07 de novembro de 2004.


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