A Visão do Antigo Testamento do Castigo Eterno

por

Matt Perman




Embora o Antigo Testamento não entre em muita profundidade sobre com o que a vida após a morte será parecida, há umas poucas passagens que claramente ensinam a vida eterna para os justos e o castigo eterno para os ímpios. Examinaremos brevemente as passagens concernentes ao castigo do pecado por Deus.

Passagens de Julgamento

Deus primariamente orientou Israel para estava vida e obediência e suas bênçãos aqui e agora, antes do que lhes dirigindo para a vida futura. Um ideal hebraico era andar com Deus por toda a vida e então morrer uma morte pacífica. Deuteronômio 5:16 reflete esta orientação terrena. Reconhecer isto proverá uma estrutura essencial para um entendimento melhor do Antigo Testamento.

O dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, e as pragas sobre o Egito e no cruzamento do Mar Vermelho nos mostram que Deus pune severamente o pecado. “Como um resultado a Bíblia esmaga as imagens idólatras modernas de Deus como fez com os ídolos da antiguidade. Se nossa visão de Deus difere daquele dada nas Sagradas Escrituras, devemos nos arrepender e trazer nossos pensamentos em conformidade com os de Deus” (Robert A. Peterson, Hell on Trial: The Case for Eternal Punishment [Philipsburg, New Jersey: PR Press, 1995], p. 26). Quando os aniquilacionistas tentam suar estas passagens de julgamento para sustentar a visão deles (dizendo que visto que estes julgamentos foram temporais e tiveram um fim, o inferno deve ter um fim também), eles erram. Se estas passagens sustentassem algo do tipo, seria que Deus aniquila os incrédulos imediatamente na morte, não após a ressurreição tanto dos justos como dos ímpios, como o aniquilacionismo ensina.

O Termo Sheol

Há duas principais visões sobre o significado desta palavra. Um é que ela sempre se refere à sepultura – o lugar do corpo na morte – e não faz referência à morada do espírito de uma pessoa após a morte. A visão predominante é que ele é algo que se refere ao lugar onde o corpo está, e algumas vezes se refere ao “mundo subterrâneo para o qual todos vão na morte” (Peterson, p. 36). Ainda, ele fala em termos vagos da vida futura.

Passagens que Sugerem Castigo Eterno

Isaías 66:22-24 é uma passagem importante sobre isto. Ela diz que logo que Deus fizer os novos céus e a nova terra, os crentes “E sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim [Deus]; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror a toda a carne”. Claramente isto deve ser um castigo eterno, de outra forma o fogo se apagaria e os vermes morreriam. Como pode o fogo “não se apagar” se seus propósito é somente aniquilar o ímpio? Além do mais, os vermes morrem quando eles terminam seu trabalho (conforme Isaías 14:11), assim, se os ímpios são aniquilados (e, portanto, o trabalho dos vermes está “completo”), como poderia ser dito que “o verme nunca morrerá”?

Certamente, as imagens de vermes e fogo não devem ser tomadas literalmente. Elas são expressões figuradas usadas para transmitir uma verdade literal (isto é, castigo eterno, como já vimos). Além do mais, quando um exército vitorioso queria mostrar desprezo, eles deixavam os corpos de seus oponentes no campo de batalha, o que era considerado uma desgraça. Portanto, com estas referências aos vermos e fogo, “o profeta usou a imagem do presente mundo para descrever a ordem futuro. Porque expor os cadáveres para serem comidos por vermes ou queimados era uma desgraça. Aqui estava a desgraça final” (Peterson, p. 32).

Daniel 12:2 é também muito claro sobre os destinos finais: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. Há dois destinos separadas para crentes e incrédulos – vergonha eterna e benção eterna.

Alguns objetam que no Antigo Testamento eterno nem sempre significa eterno (isto é, para sempre), assim, esta passagem não sustenta o castigo eterno. “Quando usado de Deus, contudo, como no Salmo 90:2 (de eternidade a eternidade Tu és Deus), olam [a palavra hebraica usada em Daniel 12:2] significa eterno. Neste caso os limites de longa duração indicados por olam são estabelecidos pela vida eterna do próprio Deus”. Visto que a vida de Deus é para sempre, olam deve também significar para sempre neste contexto. Peterson continua, “À medida que vemos quando estudamos o Novo Testamento, o estado dos assuntos depois da ressurreição dos mortos é caracterizado pela vida do próprio Deus; a era por vir continuará enquanto Ele continuar – para sempre. Assim, vemos que embora olam nem sempre signifique ‘eterno’, o contexto aqui indica que ela deve ser tomada como eterno” (Peterson, p. 35).



Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 24 de Abril de 2004.



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