Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que
tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Tg 2.14
A justificação é um ato judicial da parte de Deus, é uma
declaração de que o crente é declarado justo. É a
justiça de Cristo imputada naqueles que são chamados de maneira
eficaz por Ele. E essa imputação está relacionada
a fé. Essa fé é um dom de Deus. A fé sozinha
justifica, mas não a fé que é sozinha. Entende o que
quero dizer? A Confissão de Fé de Westminster esclarece:
“A fé, assim recebendo
e assim se firmando em Cristo e na justiça
dele, é o único instrumento de justificação; ela,
contudo não está sozinha na pessoa justificada, mas sempre anda
acompanhada de todas as outras graças salvadores; não é uma
fé morta, mas age através do amor”. Ref. João 3:16,
18, 36; Rom. 3:28, e 5: I; Tiago 2:17, 22, 26; Gal. 5:6. – (Cap.XI,§II).
- “Não é uma fé morta...”.
Por mais que concordemos
em dizer que o ato justificador vem do fato de Deus lançar o crédito
da justiça em favor de todos aqueles
a quem Ele regenera por sua graça. E também que a Bíblia
por toda parte revela que não somos justificados pelas obras. Contudo,
não podemos parar por aqui. - “Assim,
também a fé, se não
tiver obras, por si só está morta”. Tg 2.17 - . Enquanto
a fé está sozinha,
ela é o único instrumento da justificação,
mas, NUNCA está sozinha na pessoa justificada. Ela sempre é acompanhada
de todas a demais graças cristãs.
Quando Tiago diz: Vês
como a fé operava juntamente com as suas
obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou. Tg 2.22.
E também: “Porque, assim como o corpo
sem espírito é morto,
assim também a fé sem obras é morta”. (v.
26). Ele não
está contra-argumentando Paulo em Rm 3.28: “...o
homem é justificado
pela fé, independentemente das obras...” Tiago está rebatendo
os cristãos desregrados que queriam viver sem ter a Lei de Deus
como padrão. É isso.
A fé sozinha justifica, mas uma fé que é sozinha (infrutífera
de boas obras) não justifica. A verdadeira fé produz as obras. É impossível
que a fé que justifica possa existir sem uma nova natureza. Daí podermos
afirmar que ninguém é justificado por obras, mas ninguém
será salvo sem elas.