Nove Linhas de Argumentos em Favor do Princípio Regulador da Adoração

por

Dr. T. David Gordon


A. Argumento à partir do Poder da Igreja (Bannerman elabora este argumento muito bem)

1. Breve descrição do argumento. A Igreja é uma instituição; instituída pela ordenação positiva do Cristo ressurreto, e autorizada por Ele para requerer obediência aos Seus mandamentos e participação em Suas ordenanças. À Igreja não é dada nenhuma autoridade para requerer obediência às suas próprias ordens, e não lhe é dada autoridade para requerer obediências a ordenanças criadas por ela. O Princípio Regulador do Governo da Igreja vem antes do Princípio Regulador de Adoração.

2. Exemplos de textos relevantes: Mat. 28:18-20; 2 Cor. 1:24; Rom. 14:7-9


B. Argumento à partir da Liberdade de Consciência
(Ed Clowney apresenta este argumento muito bem)

1. Breve descrição do argumento. Induzir pessoas a agir contrariamente ao que elas acreditam ser correto, é pecaminoso. Além do mais, Deus requer que O adoremos somente como Ele tem revelado. Portanto, requerer que uma pessoa, numa adoração corporativa, faça algo que Deus não requer, força a pessoa a pecar contra sua consciência, fazendo-a fazer o que ela não acredita que Deus a chamou para fazer.

2. Exemplos de textos relevantes - Romanos 14; 1 Coríntios 8:4-13


C. Argumento à partir da Fé
(John Owen apresenta este argumento de modo convincente)

1. Breve descrição do argumento. Onde Deus não Se revelou, nenhuma resposta fiel é possível, por definição. E, sem fé é impossível agradar a Deus. Portanto, Deus não pode ser agradado pela adoração que é infiel, isto é, a adoração que não é uma resposta obediente à Sua revelação.

2. Exemplos de textos relevantes – Romanos 14:23; Hebreus 11:6, e todo o capítulo.


D. Argumento à partir da distância entre o Criador e a criatura
(Calvino e Van Til seguem esta direção em todos os seus escritos; e, interessantemente, Barth também)

1. Breve descrição do argumento. Os caminhos e os pensamentos de Deus estão acima dos nossos, assim como os céus estão acima da terra. O que nos faz pensar que podemos talvez sondar o que agrada a Deus?

2. Exemplos de textos relevantes - Isaías 40:12-14 Deuteronômio 29:29; Isaías 55:9; Provérbios 25:2.


E. Argumento à partir do caráter de Deus como zeloso

1. Breve descrição do argumento. O caráter de Deus como um Deus zeloso é introduzido nos textos que proíbem certas coisas (fazer imagens) na adoração de Deus. Assim, a proibição de se fazer imagens de escultura ou qualquer semelhança de qualquer coisa no céu ou na terra está fundamentada no caráter de Deus como um Deus zeloso e, assim, não é fundamentada em alguma peculiaridade do pacto do Sinai.

2. Exemplos de textos relevantes – Êxodo 20:4-5; 34:14


F. Argumento à partir de passagens onde a piedade é descrita como fazer exclusivamente o que Deus quer.

1. Breve descrição do argumento. Em muitas passagens, os ímpios são descritos não como fazendo o que é contrário à vontade de Deus, mas o que está além da Sua vontade. Similarmente, os piedosos são descritos por seu tremer na presença de Deus, por seu fazer exclusivamente o que Deus quer.

2. Exemplos de textos relevantes – Isaías 66:1-4; Deuteronômio 12:29-32; Levítico 10:1-2; 1 Samuel 13:8-15; 15:3-22



G. Argumento à partir da severidade dos castigos temporais infligidos sobre aqueles que oferecem a Deus outra adoração, que não aquela que Ele prescreveu.

1. Breve descrição do argumento. Há lugares onde as pessoas oferecem adoração a Deus, num desejo-fé aparentemente bom de agradá-Lo, todavia, eles fazem isso duma maneira não prescrita por Deus, e Seu castigo sobre eles é severo.

2. Exemplos de textos relevantes - Levítico 10:1-2; 1 Samuel 13:8-15



H. Argumento à partir da tendência pecaminosa para a idolatria
(Romanos 1).

O argumento de Paulo em Romanos 1:19ss é que a raça humana, em sua revolta contra Deus, tem “honrado e servido mais a criatura do que o Criador”. Além do mais, isto não é devido à ignorância, mas à corrupção moral: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças” cf. Thomas E. Peck, Miscellanies, vol. I, pp. 96-97: "O homem, então, é incompetente para inventar modos de adoração, porque ele não conhece quais modos são mais bem adaptados para expressar a verdade ou as emoções que a verdade é apropriada para produzir”.


I. Argumento à partir da História da Igreja


1. Breve descrição do argumento. A história da Igreja amplamente demonstra que criaturas caídas, deixadas às suas próprias artimanhas, inevitavelmente produzem adoração que é ímpia. Especialmente a Reforma, como um movimento histórico, dá testemunho da corrupção que rasteja lentamente na adoração, quando a mesma não é regulada pela vontade revelada de Deus.


Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 29 de Outubro de 2004.

 

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