O Livre-Arbítrio dos Incrédulos

por

Raniere Menezes



...porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. — Mateus 6:21

Sim. Os incrédulos (ímpios) têm sua liberdade de escolha, mas o seu menu não é muito diversificado. O incrédulo pode optar por dois comportamentos: ele pode se deleitar totalmente com as coisas do mundo ou pode ainda ser um fariseu dentro da igreja. Percebe-se, logo, que, seu livre arbítrio não é tão independente quanto ele gostaria que fosse.

No cristianismo bíblico não há múltipla escolha. Ou se é regenerado ou não é, não existe neutralidade. O incrédulo tem poder de decidir por si mesmo, porém, ele decidirá como mais lhe agrada. Este é o seu livre-arbítrio! Afinal os seus atos são resultados dos seus desejos. A questão é: quais são os desejos de um coração não regenerado? Neste sentido o incrédulo é livre (e igualmente responsável por seus atos).
Se o incrédulo estiver no mundão ele estará bem a vontade, pois é seu habitat natural, suas atitudes podem ser escancaradas sem nenhum constrangimento ou censura. Mas, se ele estiver na igreja (que não é seu habitat) terá de trazer a sabedoria do mundo para dentro da igreja, mas não só isso, também trará a teologia do mundo, a programação do mundo e os métodos do mundo, até deixar a igreja com o jeitão do mundo. É isso que ele fará. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. (Mt 7.16,17). Conheceremos os incrédulos pelo que eles fazem. Espinheiro não dá uva, e pé de urtiga não dá figo, é óbvio. A árvore que não presta não pode dar frutas boas.

Estando o incrédulo na igreja ou fora dela, ele sempre será o mesmo, intimamente, pois é indisposto ao bem, e morto em pecado; escravo do pecado, ele não deseja fazer aquilo que é espiritualmente bom. Quais são os gostos, tendências e hábitos do caráter de um incrédulo? Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom, coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. (Mt 12.33-35). É óbvio. Como poderemos ter frutas boas se não tivermos árvores boas? Como os incrédulos vão dizer coisas boas se são maus? Pois a boca fala do que o coração está cheio.

Ao afirmar que o incrédulo tem livre-arbítrio quero dizer que: ele age conforme os seus desejos, e seus desejos estão baseados em seu coração, determinados por sua natureza. Ele sempre desejará aquilo que ele deseja querer; segundo sua disposição habitual. Neste sentido, o incrédulo é livre e capaz de querer o que deseja querer.

Pode um ímpio desejar os caminhos do SENHOR? É mais fácil um porco tomar banho diário e não gostar de lama. E os porcos das igrejas? Para eles vale a advertência do SENHOR em Mt 7.19: Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo.

 


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