Avaliando o Passado, Contemplando o Futuro

por

Rev. Valdeci da Silva Santos



 

Gênesis 16.7-8: “Tendo-a achado o Anjo do Senhor junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur, disse-lhe: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais?”.

 

O texto acima é parte da narrativa sobre o relacionamento conturbado de Abrão, Sarai e a escrava Agar. Ele faz parte do episódio quando Agar, após ser humilhada por sua senhora, fugiu para o deserto à procura de liberdade. Estando no deserto, ela foi encontrada pelo Anjo do Senhor (o que em outros textos das Escrituras é identificado com o próprio Deus, ou seja, uma teofania, aparição de Deus – Gn 18.1-33, 32.34-30 e Êx 3.2-6). Naquela ocasião o Anjo fez-lhe duas perguntas cujas implicações deveriam ser consideradas por cada um de nós devido à seriedade das mesmas.

Donde vens?

Certamente há vários eventos em nosso passado que demandam atenção e avaliação especial. Porém, uma avaliação relevante neste sentido deve nos levar à consideração da nossa origem e, conseqüentemente, do verdadeiro propósito de nossa existência. Ainda que a opinião científica vigente interprete a existência humana como algo acidental, as Escrituras nos asseguram que fomos criados à imagem de Deus com o propósito de glorificá-lo e gozá-lo eternamente (Gn 1.26-18 e Ec 12.13). Todavia, se formos honestos, à semelhança de Agar, responderemos que somos fugitivos.

No Paraíso, nossos primeiros pais fugiram de Deus na tentativa de esconder seu pecado. No restante das Escrituras e na história humana tomamos conhecimento de tantos que fugiram de Deus e se afundaram em variadas formas de lamaçal. Depois da entrada do pecado no mundo, a história humana tem sido marcada por aflições, angústias, adversidades e caos. Contudo, é trágico constatar que nem sempre nosso conhecimento desta realidade não é bastante para levar-nos a temer as conseqüências desta fuga existencial e nos fazer voltar para a comunhão com Deus.

Hoje ao nosso redor, há muitos lares se desfazendo e muitas vidas às raias do desespero. Talvez não tenhamos que sair de casa para constatar estes fatos, pois nossas vidas podem ser uma prova clara do vazio que assola aqueles que fogem de Deus. Se perguntarmos a razão disto, a resposta certamente terá que envolver o fato de que em um momento, nós também abandonamos o paraíso da comunhão com Deus e temos fugido de suas freqüentes intervenções em nos trazer à comunhão com Ele.

Para onde vais?

Geralmente contemplamos o futuro com variadas expectativas. Alguns aguardam grandes prosperidades, outros apenas o tempo em que a enfermidade que os assola os leve para uma existência eterna.  Nossas expectativas estão embasadas em nossas esperanças e temores.

O valor da certeza quanto ao nosso futuro deve-se ao fato de Jesus ter afirmado que: “quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (João 12.35). Ao contrário de alguém que anda nas trevas, o apóstolo Paulo podia dizer: “sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (2Tm 1:12). O homem que ignora a comunhão e dependência de Deus anda por um caminho largo que conduz à perdição.  Estes estão em lugares escorregadios e serão repentinamente destruídos (Sl 73.18-20 e Dt 28.20).  Porém, aquele que se entrega ao Senhor Jesus, goza da certeza e tranqüilidade por saber que Aquele que venceu a morte já lhe garantiu a vida eterna (João 11.25). Para esse, a morte física não representa o tormento, mas apenas um descanso de suas fadigas terrenas (Ap 14.13).

É importantíssimo que você leitor, certifique-se quanto ao local onde passarás a eternidade, pois se esperar chegar lá para tomar tão grande decisão, a oportunidade para tal já terá lhe escapado por entre os dedos. As Escrituras afirmam que aqueles que não estão preparados para a morte são tolos (Lc 12.20). E também, que depois da morte, não haverá mais ocasião para súplica, revisão da matéria, nem reencarnação, mas somente o juízo de Deus (Hb 9.27). Assim, devemos aplicar a nós a exortação de que “hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7-8).

 


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