Sinais em Relação ao “Movimento Pentecostal”

por

Arthur W. Pink



É bem conhecido por alguns de nossos leitores que durante a última geração muitas almas sérias têm sido profundamente exercitadas pelo que é conhecido como “o movimento Pentecostal”, e a questão que é freqüentemente levantada é se o estranho poder demonstrado em suas reuniões, produzindo sons não-inteligíveis chamados “línguas”, é o genuíno dom do Espírito. Aqueles que se uniram ao movimento –– alguns deles almas piedosas, nós cremos –– insistem que não somente é o dom genuíno, mas que é o dever de todos os cristãos buscar o mesmo. Mas certamente isto parece fazer vistas grossas para o fato de que não houve qualquer “língua estranha” que foi falada pelos Apóstolos: estrangeiros que as ouviram não tiveram nenhuma dificuldade para entender o que foi dito (Atos 2:8).

Se o que foi já foi dito não for suficiente, então nosso apelo será para 2 Timóteo 3:16,17. Deus agora já revelou plenamente Sua mente para nós: tudo o que precisamos para nos “habilitar perfeitamente para toda boa obra” já está em nossas mãos! Pessoalmente o escritor não gastaria o seu tempo indo na sala ao lado para ouvir alguma pessoa entregar uma mensagem que ele reivindica ter sido inspirada pelo Espírito Santo; com as Escrituras completada em nossa possessão, nada mais é requerido exceto que o Espírito as interprete e aplique. Observemos também a tempo que não há nem sequer uma só exortação em todas as Epístolas do Novo Testamento dizendo que os santos devem buscar “um novo Pentecoste”; não!; nem mesmo aos coríntios carnais ou aos gálatas legalistas.

Como um exemplo do que era crido pelos antigos “pais”, citamos o seguinte: “Agostinho disse,‘Milagres foram uma vez necessários para fazer o mundo crer no Evangelho, mas aquele que agora busca um sinal para que ele possa crer é uma maravilha, sim, um monstro’. Crisóstomo concluiu sob o mesmo fundamento que, ‘Não há agora na Igreja nenhuma necessidade de operação de milagres’, e chama de ‘um falso profeta’ aquele que cuida realizá-los (de W. Perkins, 1604).

Em Atos 2:16 encontramos que Pedro foi movido por Deus para dar uma explicação geral das grandes maravilhas que tinham acabado de acontecer. Jerusalém estava, neste tempo de festa, cheia de uma grande afluência de pessoas. O som repentino do céu “como de um vento impetuoso”, enchendo a casa onde os Apóstolos estavam reunidos, logo atraiu uma multidão de pessoas; e quando eles, em admiração, ouviram os Apóstolos falarem em seus próprios e variados idiomas, perguntaram, “Que quer dizer isto?” (Atos 2:12). Pedro então declarou, “isto é o que foi dito pelo profeta Joel”. A profecia dada por Joel (2:28-32) agora começava a receber seu cumprimento, a última parte da qual, cremos, deve ser entendida simbolicamente.


(Extraído e traduzido do capítulo 8, “The Advent of the Spirit”, do livro “The Holy Spirit”, de Arthur Walkington Pink).


Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 08 de Maio de 2005.


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