1 Timóteo 1:18-20
E a Segurança do Crente

por

Dr. Sam Storms



Esta admoestação te dirijo, filho Timóteo, que segundo as profecias que houve acerca de ti, por elas pelejes a boa peleja, conservando a fé, e uma boa consciência, a qual alguns havendo rejeitado, naufragando no tocante ã fé; e entre esses Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1 Timóteo 1:18-20).

Muitas pessoas lêem este texto e concluem que ele ensina que um verdadeiro crente pode apostatar e perder ou rejeitar sua salvação. É isto o que ele realmente diz?

Devemos fazer primeiramente a seguinte pergunta: Himineu e Alexandre eram salvos? É difícil dizer. Não há como saber se a presença deles, na igreja em Eféso, era uma associação externa, baseada na profissão de fé verbal deles, ou se era uma união interior e espiritual com o corpo de Cristo. É nos dito que eles rejeitaram uma boa consciência e como resultado disso, eles naufragaram com respeito à fé (v. 19). Como Stott disse, se negligenciarmos a voz da consciência, permitindo que o pecado permaneça não confessado e não perdoado, nossa fé não sobreviverá por muito tempo.

Paulo tomou uma ação disciplinadora, entregando-os à Satanás. Seu propósito ao fazer isso, era para que eles pudessem ser ensinados a não blasfemar (v. 20). Eles eram cristãos? Certamente os crentes são capazes de se desviar e causar sérios danos à sua comunhão e intimidade com Cristo. Os crentes são capazes de cair em sérios erros doutrinários e estão sujeitos a serem excomungados. A imaginação de um naufrágio sugere sérios danos, mas não implica necessariamente, e com certeza não requer, a noção de uma perda da salvação. O propósito pedagógico na ação de Paulo, ensiná-los a não blasfemar, seria consistente com a maneira como um crente que caiu em erro doutrinário deve ser visto. A ação disciplinadora de Paulo teria, então, como seu propósito, a restauração de um irmão rebelde.

Por outro lado, eles bem podem ter sido não-crentes desde o princípio. Ao rejeitar uma boa consciência, eles naufragaram, literalmente, na fé, i.e., nas verdades do Cristianismo consideradas objetivamente. Isto é, esta passagem pode ser uma descrição de seu abandono ou repúdio deliberado da verdade do evangelho, resultando em sua expulsão da igreja. A conclusão teológica final, contudo, é que não há nada na passagem que demande concluirmos que estes homens eram crentes nascidos de novo, que perderam sua salvação.

 


Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 27 de Janeiro de 2005.


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