O Espírito Santo na Vida Intelectual e Artística

- Bênção e Responsabilidade -

por

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa


No Antigo Testamento encontramos com freqüência a ação do Espírito associada à vida intelectual de diversos homens. (Vd. Jó 32.8; 35.10,11/Gn 2.7; Ex 31.2-6; 35.31-35; Nm 11.17,25-29; 27.18-21/Dt 34.9). O Espírito é o autor de toda vida intelectual e artística; nEle temos o sentido do belo e sublime como expressão da santa harmonia procedente de Deus, que é perfeitamente belo em Sua santidade. Referindo-se à obra de Bezalel e Aoliabe, Ferguson escreve: “A beleza e a simetria da obra executada por esses homens na construção do tabernáculo não só deram prazer estético, mas um padrão físico no coração do acampamento que serviu para restabelecer expressões concretas da ordem e glória do Criador e suas intenções em prol de sua criação.” [1]

Ainda que a Bíblia não seja um livro que trate de teoria estética, oferece-nos parâmetros para avaliar o sentido de arte e o seu propósito. [2]

Calvino (1509-1564) entendia que a arte e as demais coisas que servem ao uso comum e conforto desta vida são dons de Deus; portanto, devemos usá-las de forma legítima a fim de que o Senhor seja glorificado. [3] Quanto mais o homem se aprofunda nas “artes liberais” e investiga a natureza, mais se aproxima “dos segredos da divina sabedoria”. [4] Ainda que as artes não tenham poder redentivo, e, a bem da verdade, não é este o seu propósito, elas contribuem para temperar a nossa vida com mais encanto e beleza. Sendo olhada pelo ângulo correto, as artes devem nos conduzir a glorificar a Deus, o Senhor de toda criação.

Bavinck (1854-1921) escreve de modo magistral, mostrando que a arte provém de Deus:

“A arte também é um dom de Deus. Como o Senhor não é apenas verdade e santidade, mas também glória, e expande a beleza de Seu nome sobre todas as Suas obras, então é Ele, também, que, pelo Seu Espírito, equipa os artistas com sabedoria e entendimento e conhecimento em todo tipo de trabalhos manuais (Ex 31.3; 35.31). A arte é, portanto, em primeiro lugar, uma evidência da habilidade humana para criar. Essa habilidade é de caráter espiritual, e dá expressão aos seus profundos anseios, aos seus altos ideais, ao seu insaciável anseio pela harmonia. Além disso, a arte em todas as suas obras e formas projeta um mundo ideal diante de nós, no qual as discórdias de nossa existência na terra são substituídas por uma gratificante harmonia. Desta forma a beleza revela o que neste mundo caído tem sido obscurecido à sabedoria, mas está descoberto aos olhos do artista. E por pintar diante de nós um quadro de uma outra e mais elevada realidade, a arte é um conforto para nossa vida, e levanta nossa alma da consternação, e enche nosso coração de esperança e alegria.” [5]

Na nova dispensação o Espírito continua atuando concedendo dons aos homens para ensinar e dirigir a Igreja na Palavra (1Co 12.11/Ef 4.4-6,11-14). A pregação é, entre outras coisas, uma arte. Por isso é que a homilética, a disciplina que estuda a pregação, é “a ciência da qual a arte é a pregação e cujo produto é o sermão.” [6]


1. A Reforma, a Cultura e a Arte:



a) O Sentido de Cultura:

A nossa palavra “cultura” provém do latim “cultüra”, que tem o sentido de “arte de cultivar” ou mesmo, “o resultado da cultivação”, envolvendo, portanto, a idéia de labor e perseverança. Neste sentido, a palavra é usada tanto para referir-se a um certo refinamento intelectual e estético, como para o cultivo de alguma planta, abelhas, etc. Este vocábulo é da mesma raiz da palavra “culto” que, por sua vez pode indicar um homem de “cultura” (referindo-se a algum refinamento) ou a reunião dos fiéis para cultuar a Deus, prestar-lhe um “culto”.

Basicamente, no entanto, a palavra apresentou historicamente dois significados fundamentais: a) Cultura no sentido de progresso do ser humano, seu melhoramento e refinamento (seria a “Paidéia” grega); b) Cultura no sentido dos efeitos de um modo de vida culto; a civilização propriamente dita.

Neste último sentido, podemos entender que cada povo tem a responsabilidade pela sua cultura, sabendo, contudo, que não existe povo sem cultura. Cultura tem o sentido aqui, de conjunto de valores, crenças e manifestações que caracterizam determinado povo, estando associada à sua maneira de pensar, sentir e crer. Podemos, portanto, considerar a cultura como “a totalidade das manifestações e formas de vida que caracterizam um povo”. [7]

Segundo nos parece, a palavra “cultura” tem em si o sentido de desenvolvimento pleno. Dentro desta perspectiva, podemos entender que, o homem culto é aquele que procura se desenvolver em todas as áreas de sua existência a fim de realizar o propósito de Deus para a sua vida, buscando sempre o fim último da criação, que é a glória de Deus (1Co 10.31). [8]


b) A “Arte Cristã”:


O artista tenta reproduzir a sua percepção da natureza ou a sua visão de como deveria ser. Dentro da perspectiva de Calvino, a arte não tem um fim em si mesma, antes ela está a serviço do homem com o fim de conduzi-lo a Deus. [9] Portanto, a Revelação de Deus é o elemento aferidor da natureza e do propósito da arte.

Devemos então entender a que a chamada “arte cristã”, não deve ser caracterizada pelo seu tema (assuntos bíblicos), mas sim pela sua qualidade e pelo seu propósito. Por exemplo, pelo fato de eu elaborar uma música com tema “evangélico” ou reproduzir na tela uma cena bíblica, não quer dizer que o meu produto seja necessariamente “arte cristã”; na realidade posso apenas ter descoberto que esta é uma boa fatia do mercado no qual devo aplicar o que julgo ser o meu talento e vocação. Por outro lado, podemos ter um escritor cristão que resolva escrever uma obra de ficção ou de administração de empresas e, o faz com competência, tendo como meta glorificar a Deus reconhecendo a Sua graça em sua vida e produção; esta obra seria uma “arte cristã”. Nesse caso particular, as obras pedagógicas de Comênio devem ser consideradas como ilustrativas desse princípio.

Tocando em outro ponto de grande efervescência, devemos dizer que nem tudo que fazemos para a glória de Deus é adequado ao culto público. Acredito piamente que quando escrevo este artigo estou glorificando a Deus no propósito de compreender e transmitir o sentido bíblico-reformado da arte; no entanto, isso não significa que posso levar meu computador para o período de culto público e ali começar a elaborar um texto e dizer que estou cultuando a Deus. A questão aqui não é entre o sagrado e o profano, mas, entre o público e o privado.

A dicotomia entre “arte cristã” e a “arte pagã” tem contribuído para que os cristãos muitas vezes se distanciem das expressões artísticas, rotulando-as precipitadamente de pagã, sem o devido critério. Por outro lado, e isto é o mais grave, com o nome de arte cristã tem-se pretendido criar um suposto isolacionismo cultural que, na realidade tem sido, em geral, de baixíssima qualidade e, o pior: supostamente para a glória de Deus. Muitas vezes em nome de uma “arte cristã” estamos patrocinando uma “reserva de mercado”, onde a sensatez e o senso crítico não têm vez, visto que neste caso, o que conta é o sentimento, como que este, por si só estivesse acima de qualquer juízo de valor. Horton alerta-nos quanto a isso: “Se vamos escrever literatura ‘cristã’ e criar obras de arte e música distintamente ‘cristãs’, deverá ser feito de modo tão plenamente persuasivo intelectualmente e artisticamente que os que não são cristãos ficarão impressionados por sua integridade – mesmo que eles discordem”. [10]

No campo musical, por exemplo, temos também uma limitação da amplitude da experiência cristã, dando a impressão que temos apenas vitórias, conquistas e sucesso. Cantamos, com muita freqüência, um amontoado de clichês repetitivos e fáceis de decorar, reproduzindo sempre a mesma experiência. [11] De forma ilustrativa, vemos que Calvino, considerando a complexidade e a riqueza da experiência cristã, entendia que “os salmos constituem uma expressão muito apropriada da fé reformada”, [12] e que “Tudo quanto nos serve de encorajamento, ao nos pormos a buscar a Deus em oração, nos é ensinado neste livro [Salmos].” [13] Portanto, no Livro de Salmos temos um guia seguro para a edificação da Igreja que pode cantá-lo sem correr o risco de proferir heresias melodiosas [14] Calvino considerava os Salmos como “Uma Anatomia de Todas as Partes da Alma”. [15]

Um estudante francês refugiado, que visitou a Igreja de Calvino em Estrasburgo (1545), descreveu emocionado o que viu: “Todos cantam, homens e mulheres, e é um belo espetáculo. Cada um tem um livro de cânticos nas mãos. (...) Olhando para esse pequeno grupo de exilados, chorei, não de tristeza, mas de alegria, por ouvi-los todos cantando tão sinceramente, enquanto cantavam agradecendo a Deus por tê-los levado a um lugar onde seu nome é glorificado.” [16]

A beleza é uma questão de harmonia e proporções. A origem do senso de beleza está em Deus. Ainda que possamos elaborar um livro, uma peça, um quadro ou música de qualidade duvidosa com o objetivo de distrair, comover ou entreter, não podemos simplesmente apresentar isso a Deus como expressão de culto, visto que é Deus mesmo quem estabelece o modo como deve ser adorado.

A Confissão de Westminster (1647) capta bem isso ao dizer: “... O modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por Ele mesmo, e é tão limitado pela sua própria vontade revelada, que Ele não pode ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens, ou sugestões de Satanás, nem sob qualquer representação visível, ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras.” (XXI.1). [17] Adorar a Deus de modo não prescrito em Sua Palavra é um ato idólatra, pois deste modo, adoramos na realidade a nossa própria vontade e gosto; aqui há uma inversão total de valores: em nome de Deus buscamos satisfazer os nossos caprichos e desejos; Deus se tornou um mero instrumento para a expressão de nossa vontade; a lógica dessa atitude é a seguinte: desde que estejamos satisfeitos, descontraídos e leves, é isso o que importa. Quem assim procede, já recebeu a sua recompensa: a satisfação momentânea do seu desejo pecaminoso. [18]

O culto a Deus é caracterizado pela submissão às Escrituras: “É dever de todo crente apresentar seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, como indica as Escrituras. Nisto consiste a verdadeira adoração.”[19]


2. A Verdade como um todo unificado:

A verdade é um todo unificado que cabe a cada um de nós descobrir através da pesquisa – dentro de nossa contingência histórica –, dispondo do Mundo, que além de “palco da glória divina”, [20] é o grande laboratório concedido por Deus ao homem. Portanto, a verdade ou é essencialmente verdade ou é um logro absoluto. O que estamos falando poderá parecer um absurdo diante do fato de que o homem moderno não mais crê na possibilidade da verdade absoluta, tendo isso, implicações éticas, como observou Packer: “A cultura ocidental pós-cristianismo duvida que haja absolutos morais.” [21] Todavia, o que a Bíblia nos ensina é um sistema unificado de verdade; por isso, a verdade cristã ou é verdade absoluta ou é um engano completo: não existe verdade enquanto apenas verdade cristã, como não existe arte apenas enquanto “arte cristã”. Schaeffer (1912-1984) está correto ao dizer que, “O cristianismo não é apenas uma série de verdades mas é a VERDADE – a Verdade sobre toda realidade.”[22] Desta forma, não precisamos “forçar” a verdade, visto que isto seria um esforço inútil; à luz da eternidade, a verdade permanece de pé como verdade ou cai como engano ou mentira. “Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade” (2Co 13.8), como sabiamente escreveu o apóstolo Paulo.

Calvino compreendeu bem este fato ao dizer que, “Visto que toda verdade procede de Deus, se algum ímpio disser algo verdadeiro, não devemos rejeitá-lo, porquanto o mesmo procede de Deus.” [23] O nosso compromisso primeiro é com Deus: A Verdade Absoluta e Eterna. Desta forma, cabe a nós aplicar os princípios bíblicos a toda a realidade de forma coerente, piedosa e sincera. Portanto, a genuína arte, será de fato cristã se for de qualidade e direcionada para a glória de Deus.

Devemos estar atentos ao fato de que ser Reformado envolve uma cosmovisão unificada que reflete em nossa maneira de ver e atuar no mundo; toda e cada faceta de nossa existência. Ser Reformado não significa uniformidade, mas uma perspectiva semelhante da vida e da eternidade. Assim sendo, não nos parece razoável, nem possível fazer sincretismos teológicos e litúrgicos e, ainda assim sobrevivermos como Reformados. Não é possível uma teologia Reformada esquizofrênica!


Conclusão:


O Calvinismo – como a expressão mais completa da Reforma –, com sua ênfase na centralidade das Escrituras, é mais do que um sistema teológico, é sobretudo, uma maneira teocêntrica de ver, interpretar e atuar na história. [24]

O Cristianismo – conforme entende o Reformado [25] –, não é uma forma de acomodação na cultura, antes de formação e de transformação através de uma mudança de perspectiva da realidade, que redundará necessariamente numa mudança nos cânones de comportamento, alterando sensivelmente as suas agendas e praxes. Daí a palavra de Paulo, falando de transformação (metamorfo/omai), [26] não de acomodação (susxhmati/zomai) [27] aos valores deste mundo (Rm 12.2). Portanto, a nossa fé tem compromissos existenciais inevitáveis. Ser Reformado não é apenas um status nominal vazio de sentido, antes reflete a nossa fé em atos de formação e transformação.

Abraham Kuyper (1837-1920) interpretando o pensamento reformado, diz:

“Calvino abomina a religião limitada ao gabinete, à cela ou à igreja. Com o salmista, ele invoca o céu e a terra, invoca todas as pessoas e nações a dar glória a Deus.

Deus está presente em toda vida com a influência de seu poder onipresente e Todo-Poderoso e nenhuma esfera da vida humana é concebida na qual a religião não sustente suas exigências para que Deus seja louvado, para que as ordenanças de Deus sejam observadas, e que todo labora seja impregnado com sua ora em fervente e contínua oração.” [28]

Todavia, neste estado de existência, nenhuma cultura é ou será perfeita; haverá sempre, em maior ou menor grau o estigma do pecado. O calvinismo consiste numa busca constante de fidelidade a Deus; a transformação cultural é apenas um resultado daqueles que têm os olhos firmados na Palavra, um coração prazerosamente submisso a Deus e um comprometimento existencial no mundo, no qual vive e atua para a glória de Deus. Com estes princípios o Calvinismo influenciou as artes, [29] a política, [30] a ciência, [31] a economia, [32] a literatura, [33] a educação e outros diversos setores da cultura. [34] O calvinismo fornece-nos óculos cujas lentes têm o senso da soberania de Deus como perspectiva indispensável e necessária para ver, interpretar e atuar na realidade, fortalecendo, modificando ou transformando-a, conforme a necessidade. Isso tudo, num esforço constante de atender ao chamado de Deus a viver dignamente o Evangelho no mundo. Schaff comenta que “O senso da soberania de Deus fortaleceu os seus seguidores contra a tirania de senhores temporais, e os fez os campeões e promotores de liberdade civil e política na França, Holanda, Inglaterra, e Escócia.” [35]

No entanto, mesmo com toda essa influência, o calvinismo não moldou a cultura ocidental somente através das idéias, mas principalmente através de seus ideais que fizeram com que homens fiéis morressem pelo testemunho de sua fé. “Os protestantes franceses, ao serem levados para a prisão ou para a fogueira, cantavam salmos com tanta veemência que foi proibido por lei cantar salmos e aqueles que persistiam tinham sua língua cortada. O salmo 68 era a Marselhesa huguenote.” [36]

Na França, em diversas ocasiões os protestantes foram atacados enquanto prestavam culto a Deus, orando, lendo a Palavra e cantando salmos. Depois de narrar algumas dessas perseguições, Baird constata: “A Liturgia do protestantismo francês foi banhada com o sangue de seus mártires.” [37]

Do mesmo, no Brasil, quando os calvinistas franceses Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André Lafon não negaram a sua fé diante de Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571), foram presos. [38] Jean Crespin registra: “Entretanto, os condenados consolavam-se e regozijavam-se em suas cadeias, orando e cantando, com extraordinário fervor, salmos e louvores a Deus.” [39]

Na manhã de sexta-feira, 9 de fevereiro de 1558, quando Jean du-Bourdel, o autor da Confissão de Fé, [40] ia sendo conduzido ao rochedo para ser executado, acompanhado por Villegaignon e seu pajem, narra Crespin: “ao passar junto da prisão em que estavam os seus companheiros, gritou-lhes em alta voz que tivessem coragem, pois iam ser logo libertados desta vida miserável. E, caminhando para a morte, entoava salmos e louvores a Deus, o que causava grande espanto a Villegaignon e ao carrasco”. [41]

Como nos adverte Kuyper, “[a] vida que o Calvinismo tem pleiteado e tem selado, não com lápis e pincel no estúdio, mas com seu melhor sangue na estaca e no campo de batalha.” [42] A força prática da teologia reformada não está simplesmente em seu vigor e capacidade de influenciar intelectualmente os homens, mas no que tem produzido na vida de milhões de pessoas, conduzindo-as, em submissão ao Espírito, à fidelidade bíblica e a uma ética que se paute pelas Escrituras. A grande contribuição do Calvinismo não se restringe aos manuais das mais variadas áreas do saber, mas, estende-se à integralidade da vida dos discípulos de Cristo que seguem esta perspectiva.

Bavinck assim se expressou:

“Mas apesar de tudo o que a arte pode realizar, é apenas na imaginação que nós podemos desfrutar da beleza que ela revela. A arte não pode fechar o abismo que existe entre o ideal e o real. Ela não pode transformar o além de sua visão no aqui de nosso mundo presente. Ela nos mostra a glória de Canaã à distância, mas não nos introduz nesse país nem nos faz cidadãos dele. A arte é muito, mas não é tudo.(...) A arte não pode perdoar pecados. Ela não pode nos limpar de nossa sujeira. E ela não é capaz de enxugar nossas lágrimas nos fracassos da vida”. [43]

Calvino, com sua vida e ensinamentos, contribuiu para forjar um tipo novo de homem: “O reformado”, [44] que vive no tempo, a plenitude do seu tempo para a glória de Deus!

Ser Reformado significa um apego irrestrito ao Deus da Palavra que nos instrui e nos capacita a viver para a Sua Glória desempenhando o nosso papel na sociedade, seja em que nível for, apresentando o fruto de nosso labor como uma oferenda a Deus que nos criou e nos sustenta.


NOTAS:

1Sinclair B. Ferguson, O Espírito Santo, São Paulo, Editora Os Puritanos, 2000, p. 26.

2 Cf. Michael S. Horton, O Cristianismo e a Cultura, São Paulo, Editora Cultura Cristã, 1998, p. 75.

3Cf. João Calvino, As Institutas, I.11.12; John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand
Rapids, Michigan, Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), Vol. I, (Gn 4.20), p. 217-218; Vol. III, (Ex 31.2), p. 291.

4 João Calvino, As Institutas, I.5.2.

5Herman Bavinck, Teologia Sistemática, Santa Bárbara d’Oeste, SP., SOCEP., 2001. p. 21-22.

6A. W. Blackwood, The Fine Art of Preaching, New York, The Macmillan Company, 1946, p. 25.

7Werner Jaeger, Paidéia: A Formação do Homem Grego, 2ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1989, p. 6.

8 Ver: Henry H. Meeter, La Iglesia y el Estado, 3ª ed. Grand Rapids, Michigan, TELL., [s.d.], p. 76-77.

9 Ver: André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 573ss.

10Michael S. Horton, O Cristianismo e a Cultura, p. 89.

11 Ver: Michael S. Horton, O Cristianismo e a Cultura, p. 108.

12 John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, São Paulo, Pendão Real, 1997, p. 336.

13 João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo, Paracletos, 1999, Vol. 1I, p. 34.

14Ver: João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 1I, p. 35-36.

15 João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol. 1I, p. 33.

16 Apud T. George, Teologia dos Reformadores, São Paulo, Vida Nova, 1994, p. 181.

17Ver: Catecismo Maior de Westminster, Perg. 109; Archibald A. Hodge, Confissão de Fé Comentada por A.A. Hodge, São Paulo, Editora Os Puritanos, 1999, Cap. XXI, p. 369.Comentario de la Confesion de Fe de Westminster, Barcelona, CLIE, 1987, Cap. XXI, p. 251,252].

18Ver: João Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo, Paracletos, 1997, (Rm 12.1), p. 424-425; (Rm 5.19), p. 198; Commentaries on the Prophet Jeremiah, Grand Rapids, Michigan, Baker Book House, (Calvin’s Commentaries, Vol. IX), 1996 (reprinted), (Jr 7.31), p. 414; Exposição de Hebreus, São Paulo, Paracletos, 1997, (Hb 11.6), p. 305-306; Golden Booklet of the True Christian Life, 6ª ed. Grand Rapids, Michigan, Baker Book House, 1977, p. 21; As Institutas, I.5.13; O Livro dos Salmos, São Paulo, Paracletos, 1999, Vol. 2, (Sl 50.5), p. 403.

19 João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São Paulo, Novo Século, 2000, p. 29.

20 Ver; João Calvino, Exposição de Hebreus, (Hb 11.3), p. 300-301.

21 J.I. Packer, O que é santidade e por que ela é importante?: In: Bruce H. Wilkinson, ed. ger. Vitória sobre a Tentação, 2ª ed. São Paulo, Mundo Cristão, 1999, p. 34.

22F.A. Schaeffer, Manifesto Cristão, Brasília, DF., Refúgio, 1985, p. 25.

23 J. Calvino, As Pastorais, São Paulo, Paracletos, 1998, (Tt 1.12), p. 318.

24 Do mesmo modo, diz J.D. Douglas: “O Calvinismo era mais do que um credo; era uma filosofia compreensiva que abrangia toda a vida”. (J.D. Douglas, A Contribuição do Calvinismo na Escócia: In: W. Stanford Reid, ed. Calvino e sua Influência no Mundo Ocidental, São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 290).

25 Vd. H. Richard Niebuhr, Cristo e Cultura, São Paulo, Paz e Terra, 1967, p. 223ss.

26 * Mt 17.2; Mc 9.2; 2Co 3.18.

27 O imperfeito precedido de uma negativa indica que a ação costumeira deve ser interrompida ou descontinuada, se moldando a um novo modelo. (Além daqui aparece
apenas em 1Pe 1.14).

28 Abraham Kuyper, Calvinismo, São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2002, p. 62-63.

29 Vd. Abraham Kuyper, Calvinismo, p. 149-177; John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 322-327.

30J.J. Rousseau, no Contrato Social, assim se referiu a Calvino: “Os que consideram Calvino somente um teólogo não conhecem bem a extensão de seu gênio. A redação de nossos sábios editos, da qual participou ativamente, honra-o tanto quanto sua Instituição. Qualquer que seja a revolução que o tempo possa trazer a nosso culto, enquanto o amor à pátria e à liberdade não se extinguir entre nós, jamais a memória desse grande homem deixará de ser abençoada.” [J.J. Rousseau, Do Contrato Social, São Paulo, Abril Cultural, (Os Pensadores, Vol. XXIV), 1973, II.7. p. 64]. Vd. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 337-344; Quentin Skinner, As Fundações do Pensamento Moderno, São Paulo, Companhia das Letras, 1996, p. 465ss.; H.H. Meeter, La Iglesia e El Estado, 3ª ed. Grand Rapids, Michigan, TELL., [s.d.], p. 93ss. “O Estado [segundo Calvino] não é, pois, um mal necessário, mas um instrumento da providência divina“ (André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 369); André Biéler, A Força Oculta dos Protestantes, São Paulo, Editora Cultura Cristã, 1999, passim.

31 Abraham Kuyper, Calvinismo, p. 117-147.

32Vd. John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 344-346; André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, passim.

33 John H. Leith, A Tradição Reformada: Uma maneira de ser a comunidade cristã, p. 328-330.

34 Vd. W. Stanford Reid, ed. Calvino e Sua Influência no Mundo Ocidental, São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1990, passim.

35 Philip Schaff, History of the Christian Church, Peabody, Massachusetts, Hendrickson Publishers, 1996, Vol. VIII, p. 562.

36John H. Leith, A Tradição Reformada, p. 299.

37Charles W. Baird, A Liturgia Reformada: Ensaio histórico, Santa Bárbara D’Oeste, SP., SOCEP., 2001, p. 65.

38 O alfaiate André Lafon terminou por ser persuadido a retratar-se. Foi poupado. Permaneceu então preso na fortaleza “como alfaiate do almirante e de toda sua gente.” (Jean Crespin, A Tragédia da Guanabara ou Historia dos Protomartyres do Christianismo no Brasil, Rio de Janeiro, Typo-Lith, Pimenta de Mello & C., 1917, p. 81).
39Jean Crespin, A Tragédia da Guanabara ou Historia dos Protomartyres do Christianismo no Brasil, p. 74. Ver também: Jean de Léry, Viagem à Terra do Brasil, 3ª ed., São Paulo, Livraria Martins Fontes, (1960), p. 245.

40 Elaborada entre 04/01/1558 e 09/02/1558. Ver: Jean Crespin, A Tragédia da Guanabara ou Historia dos Protomartyres do Christianismo no Brasil, p. 63-64.

41Jean Crespin, A Tragédia da Guanabara ou Historia dos Protomartyres do Christianismo no Brasil, p. 77.

42 Abraham Kuyper, Calvinismo, p. 149.

43 Herman Bavinck, Teologia Sistemática, p. 22

44Cf. Émile G. Léonard, Histoire Générale du Protestantisme, Paris, La Réformation, 1961, Vol. I, p. 307; Ricardo Cerni, Historia del Protestantismo, 2ª ed. Corregida, Edinburgh, El Estandarte de la Verdad, 1995, p. 64-65.


Sobre o autor: Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa, pastor da I.P. Ebenézer, Osasco, SP e professor de Teologia Sistemática e Filosofia no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, São Paulo, Capital.

 


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