Chamados ao Altar

por

Don Fortner

 


Temos um altar...” (Hebreus 13:10)

Um pastor me escreveu recentemente sobre chamados ao altar (a prática comum de convidar os pecadores a andarem para frente de um auditório, ou outro “altar” substituto, no final de um serviço religioso para receber a Cristo). Ele disse: “Pastor, eu estou interessado em como você trata com o assunto de chamados ao altar em sua igreja. É uma questão com a qual eu tenho brigado. Eu tenho visto o seu abuso no passado, na denominação onde eu fui ordenado, e eu ainda não encontrei paz concernente a esta área. Eu sinto como que eu deveria fazer algo, mas não da forma como eu fui ensinado, pois há muita manipulação emocional com as pessoas”. Nós não fazemos chamados ao “altar” no final dos nossos serviços por diversas razões.

1. Cristo é nosso altar. Nós não adoramos num altar terreno e material. Nenhum pecador jamais foi salvo por caminhar no corredor de uma igreja, ajoelhar num banco de madeira e dizer uma oração programada. Se haveremos de obter misericórdia e graça de Deus, devemos tratar com o Mediador Deus-homem, o Senhor Jesus Cristo, em nossos corações. Na maioria das igrejas evangélicas, o altar serve exatamente para o mesmo propósito que a cabine confessional entre os papistas. É um lugar para o qual os homens vêem para encontrar outro homem que, agindo como um sacerdote (2 Tessalonicenses 2:4), pronuncia a absolvição dos seus pecado e os asseguram de que eles agora têm um bilhete para o céu.

2. Nós não temos nem preceito nem precedente para a prática no Novo Testamento. Não há nem mesmo um exemplo de Cristo, de qualquer um dos apóstolos, ou de qualquer pregador no Novo Testamento, urgindo pecadores a dizerem algo, assinarem algo, fazerem algo ou andarem para algum lugar para salvação. A prática de chamados ao altar, assinando cartões de decisão, dizendo orações programadas, etc., são questões de idolatria, de invenção humana, sem sequer um fragmento de fundamento bíblico. A salvação é pela graça somente em Cristo somente. Ela é obtida pela fé somente.

3. Os crentes confessam sua fé em Cristo, não indo para um altar, mas pelo batismo. Por nosso batismo, nós simbolicamente confessamos nossa salvação através da morte expiatória de Cristo, nosso Substituto, como nosso Mestre, simbolicamente cumprindo toda justiça (Romanos 6:4-6; Mateus 3:15). O batismo representa o lavar dos nossos pecados pelo sangue de Cristo, e nossa ressurreição dentre os mortos pelo poder de Sua graça, através da virtude de Seu sacrifício como nosso Substituto.

4. Nós não dependemos de manipulação psicológica para a conversão de pecadores, mas do poder e da graça irresistível de Deus o Espírito Santo. É o nosso dever pregar o evangelho de Cristo, dizer aos pecadores a verdade, entregar a mensagem de redenção de Deus realizada por Cristo (Isaías 40:1-2). Nós devemos fazer isso, e absolutamente nada mais. Nós não imploramos a pecadores sem esperança para deixarem Deus salvá-los. Nós imploramos a Deus para acompanhar a Palavra pregada, para dirigi-la aos pecadores escolhidos e redimidos, dando-lhes vida e fé em Cristo, para a glória do Seu nome. Nossa preocupação não é com resultados, mas com honra a Deus. Nós deixamos os resultados em Suas mãos (2 Coríntios 14-17).


Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 27 de Junho de 2005.


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