Breves Teses sobre Comunhão e Pacto Infantil

por

Tim Gallant



1.  Os filhos dos crentes são possuidores do reino dos céus (Mt. 19:13-14), e, portanto, membros da Igreja de Cristo.

2.  Os filhos dos crentes são, portanto, com razão batizados, para assinalar e selar seu real relacionamento com Jesus Cristo, assim como os infantes eram circuncidados sob a antiga aliança (Gênesis 17:10-14; cf. Colossenses 2:11-12).

3.  Aqueles que são batizados em Cristo, possuem os direitos plenos à herança na nova aliança (Gálatas 3:27), e, são, portanto, incluídos em todos os seus privilégios (Gálatas 3:26-29).

4.  O sacramento da Ceia do Senhor é um destes privilégios que pertence ao corpo batizado de Cristo (1 Cor. 10:16-17).

5.  Os sacramentos são sinais e selos que descrevem realidades espirituais, e não significam ser cortado daquelas realidades (cf. Atos 22:16; 1 Cor. 10:16).

6.  Portanto, ao corpo inteiro de Cristo é, em princípio, dada a autoridade para participar da mesa do Senhor, visto que o pão e o corpo são coextensivos (1 Cor. 10:16-17).  Biblicamente, impedir de se participar da mesa do Senhor é uma administração de disciplina (excomunhão), para declarar, sob a autoridade de Cristo, que a pessoa impedida está debaixo do julgamento do reino (1 Cor. 5:1-8; Mt. 18:15-20).

7.  O chamado à lembrança e auto-exame em 1 Coríntios 11 segue o mesmo padrão do caráter dos sacramentos da antiga aliança (por exemplo, Ex. 12:14; Is. 1:10-20).

8.  Estes sacramentos da antiga aliança admitiam a participação de crianças (por exemplo, Deuteronômio 16:11, 14).

9.  Portanto, os requerimentos de 1 Coríntios 11 não podem ser empregados para impedir que as crianças do pacto participem do sacramento, visto que requerimentos similares não os impediam na antiga aliança.

10.  Quando Paulo dá o requerimento de auto-exame (1 Coríntios 11:28), no contexto, seu propósito é prevenir os cristãos de vir à mesa do Senhor de uma maneira divisória. Impedir que as crianças do pacto participem da mesa, contudo, é, em si mesma, uma prática divisória: ela divide as crianças dos membros ‘maduros' e, implicitamente faz deles cidadãos de segunda-classe no reino dos céus (algo diretamente contrário à avaliação de Cristo em Mateus 19:13-14).

11.  A Igreja primitiva admitia os filhos dos crentes à Ceia do Senhor (veja Cipriano, On the Lapsed , cápitulo 9, 25-26).  Esta prática foi essencialmente abandonada por volta do século XII na Igreja Ocidental (Católica Romana), grandemente por causa das visões supersticiosas com respeito à Missa. Esta descontinuidade da prática primitiva foi um erro, e deve ser revertida nas igrejas biblicamente reformadas.

- Tim Gallant, Abril de 2001 (levemente modificado em Janeiro 2002)



Para ver uma argumentação mais completa, tanto biblicamente, como teológica e historicamente, veja o meu livro “Feed My Lambs:  Why the Lord's Table Should Be Restored to Covenant Children”. 


Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 12 de Fevereiro de 2005.



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