Por que Batizamos Crianças?

por

Igreja Presbiteriana do Brasil



  1. Deus nos trouxe para um pacto de graça e mesmo que nem todos os membros deste pacto irão perseverar (os que não são eleitos), eles gozam de privilégios especiais de pertencerem ao povo do pacto de Deus. Esse era o verdadeiro Israel (a igreja do Antigo Testamento), e o Novo Testamento simplesmente aplica essa idéia a Igreja do Novo Testamento (Hebreus 4:1-11 e 6: 4-12; Dt. 4:20 e 28:9 com 1Pe. 2: 9,10; Gal. 6: 16; Is. 10: 22 com Rom. 9: 24-28).
  2. Mesmo sabendo que trazer alguém para debaixo da proteção da fé pactual de Deus não garante que todo membro possui uma fé verdadeira e perseverante (Heb. 4: 1-11), isso não significa que não é importante se uma pessoa está ou não em Cristo e seu pacto de graça.
  3. Crianças foram incluídas no pacto da graça no Velho Testamento, através do sacramento da Circuncisão, e no Novo Testamento (chamado “pacto melhor”), Deus não alterou suas boas intenções para com as crianças (Atos 2:35, 38). Circuncisão foi substituída pelo Batismo (Col. 2:11). Entretanto, nossas crianças deve ser trazidas para o pacto da graça e unidos a Cristo através do batismo assim como o povo de Deus em outros tempos foi trazido para o pacto através da circuncisão.
  4. Os filhos dos não crentes não são santos, mas os filhos dos crentes são separados para Deus. Essa é uma distinção não só do Antigo Testamento (veja a passagem, Ex. 12:1; também a distinção entre a “casa do nécio” e a “casa do justo”, especialmente nos Salmos), mas é mantido no Novo Testamento (1 Cor. 10:2). Como são eles marcados ou distinguidos dos não crentes? As Escrituras ensinam que pelo sinal e selo do pacto.
  5. Batismos em família no Novo Testamento eram comuns (veja especialmente Atos 16:15, 33; 1 Co. 1:16), e quando o carcereiro perguntou como poderia ser salvo, Paulo respondeu, “Creia no Senhor Jesus Cristo, e você será salvo, você e sua casa”. Nós somos ensinados que naquela mesma noite “ele e sua família foram batizados” (Atos 16:31-33).
  6. Existe um recorde inquebrável na história da igreja sobre a prática de batismos infantis. Os primeiros documentos reportam que o Batismo Infantil era praticado no período imediato a morte dos apóstolos, debaixo do comando daqueles que foram ensinados pelos próprios apóstolos. Onde estava o debate, pressupondo que esses sucessores imediatos dos discípulos estavam se afastando da pratica apostólica? Não existem documentos sobre tal debate, o qual teria sido importantíssimo na vida da igreja.
  7. Batismo é uma ação de Deus, não humana. Não é um sinal do compromisso do crente com Deus (o qual requereria, entretanto, primeiramente fé e arrependimento), mas é o sinal e selo da promessa de Deus para salvar todos aqueles que não rejeitam seu batismo recusando a crer em Cristo. Pois a natureza do Batismo veja Marcos 16:16, Atos 22:16; Rom. 6:3; Tito 3:5. A razão que essas referencias são para aqueles que primeiro creram é que os primeiros convertidos, obviamente, eram adultos quando creram. Batismos em família indicam que eles batizaram crianças. O mesmo era verdade sobre Abraão, que creu antes de ser circuncidado, mas então circuncidou seus filhos na infância.

 


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Felipe Sabino de Araújo Neto®
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