Analfabetismo Bíblico

por

Raniere Menezes



Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo?” Atos 8.30

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) encomendou uma pesquisa de interesse econômico-cultural e divulgou dados impressionantes. Cerca de 60% dos brasileiros adultos alfabetizados quase não tem livros em casa e o contato com literatura é mínimo. 89% das cidades brasileiras não têm uma livraria sequer! E quase 7 milhões de pessoas não tem condições econômicas de comprar um livro. Os números são esclarecedores. Como diz a paródia do ditado popular: “Escreveu, não leu, é analfabeto”.

Outra pesquisa (ano 2004), agora do INEP/MEC – um órgão nacional – divulgou que: de cada 100 estudantes brasileiros com, no mínimo, quatro anos de escolarização, 59 não podem ser considerados leitores competentes, e na região nordestina, esse número sobe para 75. Apenas 6 de cada 100 jovens concluintes do ensino médio desenvolveram habilidades de leitura compatíveis com onze anos de escolarização. São fatos!

O diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep/MEC, o sociólogo Carlos Henrique Araújo, definiu a gravidade da situação com estas palavras: “São indicadores que revelam que os sistemas educacionais do Brasil estão longe do mínimo de qualidade exigido para uma sociedade em pleno século 21. Estranhamente, esses números repercutem muito menos do que deveriam.”

Fazendo uma inevitável comparação, o curioso é que, em 1998, a Gráfica da Bíblia (SBB) já havia completado a produção de 10 milhões de exemplares de Bíblias e, apenas dois anos depois, alcançado a impressionante marca de 20 milhões. Compare os números acima e pergunte-se: qual é a qualidade dos evangélicos leitores e interpretes da Bíblia de hoje no Brasil? E também: onde me encaixo nessa estatística?

Levando em conta que a Reforma Protestante do século XVI foi um movimento altamente literário, e que de maneira significativa o protestantismo é uma experiência literária, os atos de culto, por exemplo, são atos literários: leitura da Bíblia, oração pública, cânticos, meditação no seu significado, ouvir o sermão, conversar com os outros sobre doutrina e prática. No culto a leitura e exposição das Escrituras são os eventos principais.

É lícito questionar: será que a Bíblia está sendo a verdadeira e última palavra da igreja protestante brasileira? A Bíblia é compreendida como suficiente? É de forma bíblica que estão chamando os pecadores a Cristo? Está havendo crescimento na graça e no conhecimento do Verbo? O que está sendo estudado e pregado é direção bíblica para nossa vida? Como iremos reformar sem a interpretação correta das Escrituras?


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