Poligamia

por

John Frame



Poligamia não é um grande problema nos países ocidentais, principalmente por causa da influência do Cristianismo. (Poligamia no ocidente tende a ser serial, não simultânea!) Mas em outras partes do mundo, igrejas jovens encontram isso como uma das principais questões éticas. Quando uma sociedade tem uma tradição de poligamia, como a igreja deve trata aqueles poligâmos que se tornam cristãos?

Algumas igrejas tomam a posição de que os poligâmos que professam a fé não devem ser admitidos aos sacramentos; todavia, eles procuram dar cuidado pastoral a essas pessoas, embora elas não possam ser reconhecidas como membros oficiais de igrejas. Através dessa regra, eles procuram defender a visão bíblica da família e dar um claro testemunho da fé em Cristo à culturas dessas pessoas.

Embora admirando as motivações dessa regra, devo dizer que em minha opinião ela é anti-escriturística. O Novo Testamento foi escrito numa cultura poligâmica, e sua própria postura, creio, é clara. Aos poligâmos foi negado o ofício na igreja (1 Timóteo 3:2); mas não há evidência de que lhes foi negado a membresia da igreja ou os sacramentos. O Antigo Testamento, certamente, é mais tolerante para com a poligamia, e muitos dos grandes santos do Antigo Testamento tiveram mais de uma esposa. Jesus deixou claro que a intenção original de Deus para o casamento era de um homem e uma mulher (Mateus 19:1-12); assim, podemos inferir que a tolerância do Antigo Testamento para com a poligamia, como sua tolerância para com o divórcio, foi por causa da “dureza do coração” das pessoas. Mas embora a Escritura sustente a monogamia com o padrão de Deus, ela não nega aos poligâmos o reino da graça.

A razão é óbvia. A poligamia não é como os outros pecados. Um ladrão pode parar de ser um ladrão imediatamente após sua conversão; e se ele não parar após um período razoável de atenção pastoral, ele pode e deve ser removido da igreja. Mas um poligâmo não pode simplesmente parar de ser um poligâmo. Ele tem grandes obrigações para com suas esposas, e não pode simplesmente abandoná-las. Um divórcio pecaminoso não remedia o pecado da poligamia.

 

 


Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 03 de Outubro de 2005.

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