Redenção Limitada

por

Bíblia de Estudo de Genebra



João 10:15: “Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas”.


Redenção limitada, também chamada de redenção “particular” ou “expiação limitada”, é a doutrina histórica Reformada a respeito da intenção do Deus trino, na morte de Cristo. Sem questionar o valor infinito do sacrifício de Cristo ou a genuinidade do sincero convite de Deus a todos que ouvem o evangelho (Ap 22.17), essa doutrina afirma que Cristo, na sua morte, tencionava realizar aquilo que realizou: tirar os pecados dos eleitos de Deus e assegurar que todos eles alcancem a fé através da regeneração e pela fé sejam preservados para a glória. Cristo não pretendeu morrer por todos dessa mesma maneira eficaz. A prova disso, como as Escrituras e a experiência nos ensinam, é que nem todos são salvos.

Ao debater a expiação, alguns dizem que Cristo morreu por todos e que todos, sem exceção, serão salvos. Este é o universalismo real. Uma segunda doutrina ensina que Cristo morreu por todos, mas que sua morte não tem efeito salvador sem a adição da fé e do arrependimento, não previstos na sua morte. Em outras palavras, ele morreu com o propósito geral de tomar a salvação possível, mas a salvação de indivíduos específicos não estava incluída na sua morte. Isso é um universalismo hipotético. A terceira doutrina é aquela que ensina que, ainda que a morte de Cristo tenha sido infinita no seu valor, ela só visava salvar alguns – aqueles que foram conhecidos de antemão. Isso é a expiação limitada ou definida.

As Escrituras não ensinam que todos serão salvos, o que exclui o universalismo real. Os outros dois pontos de vista não diferem entre si sobre quantos serão salvos, mas a respeito do propósito pelo qual Cristo morreu. As Escrituras tratam dessa questão. O Novo Testamento ensina que Deus escolheu para a salvação um grande número dentre os da raça decaída e enviou Cristo ao mundo para salvá-los (Jo 6.37-40; 10.27-29; 11.51-52; Rm 8.28-39; Ef 1.3-14; 1Pe1.20). Diz-se que Cristo morreu por um povo específico, com uma clara implicação de que sua morte assegurou a salvação dele (Jo 10.15-18,27-29; Rm 5.8-10; 8.32; Gl 2.20; 3.13-14; 4.4-5; 1Jo 4.9-10; Ap 1.4-6; 5.9-10). Antes de morrer, Cristo orou por aqueles que o Pai lhe tinha dado e não pelo mundo (Jo 17.9,20). A oração de Jesus animou aqueles por quem ia morrer, e ele lhes prometeu que jamais deixaria de salvá-los. Tais passagens apresentam a idéia de uma expiação limitada. O antigo Testamento, com sua ênfase sobre a eleição da graça, oferece grande apoio a essa doutrina.

A livre oferta do Evangelho e a ordem de pregar as boas-novas em toda parte não são incoerentes com o ensino de que Cristo morreu por seu povo eleito. Todos os que se chegam a Cristo encontrarão misericórdia (Jo 6.35,47-51,54-57; Rm 1.16;10.8-13). O evangelho oferece Cristo, que conhece suas ovelhas, ele morreu por elas; chama-as pelo nome, e elas ouvem a sua voz. Este é o evangelho que ele ordenou fosse pregado por seus discípulos em todo o mundo, para salvar pecadores.

 


Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1248.


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