Natal: O Ponto de Vista Cristão

por

Fred G. Zaspel

 

Para mim é uma alegria as muitas tradições que vieram a estar associadas com o Natal, em nossa sociedade. Todas estas tradições combinam para fazer a época do Natal feliz, uma época na qual geralmente nos encontramos mais festivos, generosos e benevolentes. Não sou de forma alguma uma daquelas vozes exigindo a remoção destes prazeres do Natal, prazeres estes que não causam danos e que causam satisfação.

Mas certamente, o significado do que chamamos “Natal” é muito mais profundo do que qualquer destas coisas. É a celebração de um nascimento, o nascimento de Jesus em Belém. A história de José, a virgem Maria, o bebê Jesus, os Pastores e os Magos – e Herodes! – é uma história familiar para a maioria dos americanos. E é certo que assim o seja: nunca na história houve outra virgem que concebesse e desse à luz uma criança! É um evento verdadeiramente extraordinário!

Mas mesmo assim, o significado do Natal é mais profundo do que isto. A coisa mais extraordinária é esta: O nascimento de Jesus não foi o principio da sua existência! Para colocar de uma outra forma, Sua origem não está de forma alguma relacionada com o Seu nascimento.

Se isto é um pouco difícil de entender, não se sinta sozinho. Mas isto é precisamente o que as Escrituras nos dizem. De fato, houve um profeta de Israel, por nome Miquéias, que disse que este que nasceria em Belém era um “cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Isto é, Ele veio da eternidade, para entrar no tempo.

Agora, claramente, esta linguagem é completamente inapropriada com referência a qualquer humano comum. O profeta Miquéias estava mui enfaticamente afirmando o fato de que Jesus não era um homem meramente: Ele é Deus. Ele é Deus como um homem.

Este, e nada menos, é o significado do Natal. É mais do que uma história de um bebê. É a história de como o Deus eterno se tornou um bebê!

Este é um evento que é único na história, tão significante que mudamos nosso calendário por causa dele – Antes de Cristo (a.C.) e Depois de Cristo (d.C.). E é assim mesmo que deveria ser. Toda a história até este ponto estava em antecipação do evento. Desde o tempo quando o homem caiu em pecado e se arruinou no paraíso, a promessa estava aguardando o cumprimento. A promessa foi primeiramente feita a Adão e Eva – alguém da “semente da mulher” viria e destruiria o tentador. Ela foi dada a Abraão – em alguém de sua semente “todo o mundo será abençoado”. Foi dada novamente a Davi, o maior Rei de Israel – seu “maior filho” prosperará em paz em seu trono para sempre. E era na antecipação desta própria promessa que todo o povo de Deus vivia.

E assim, a própria história está centrada nAquele que finalmente veio à Belém. Ele era o cumprimento das antigas esperanças de Israel.

Uma pergunta permanece: a simples questão, “Por que?” Por que, em nome da razão, o Deus eterno se tornaria um homem? A resposta novamente é encontrada nas próprias promessas: Ele veio para ser o Libertador, nosso Libertador do pecado.

A justiça de Deus requer que o pecado seja punido em todas as Suas criaturas. E a punição é a morte. E assim, deixados a nós mesmos, devemos morrer – física, espiritual e eternamente. Não há escapatória – somos incapazes de nos salvar.

O que precisamos, então, é de um Salvador – alguém que esteja disposto a morrer em nosso lugar. Além disso, alguém que seja sem pecado e Ele mesmo, não merecedor da morte. Mas somente Deus é sem pecado – e Ele não pode morrer! Isto é, a menos que se torne um de nós.

E este é precisamente o resto da história. Em Belém Deus se tornou homem para morrer na cruz pelos homens, sofrendo o castigo pelos seus pecados. Em assim fazendo, Ele se tornou nosso Salvador. Ele veio sofrer a condenação da Sua própria lei, a lei que nos condenava.

O Natal, então, marca um evento significante no calendário de Deus da redenção. Ele prometeu salvar, e este primeiro Natal foi o cumprimento desta promessa.

Tudo isto é resumido naquelas palavras familiares de João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Não, nós não temos nada contra as tradições, de forma alguma. Mas os pensamentos que enchem os nossos corações são estes: O Natal é a maior história de amor jamais contada. É a história do maior amor já dado. E é a história do maior Dom – o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

 


Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 14 de Dezembro de 2004.

 


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