Orando Através do Filho

por

Vincent Cheung




Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus” (1 Timóteo 2:5).

Uma das primeiras coisas que você deve saber sobre oração é que você não tem acesso a Deus a menos que você seja um cristão. Oração não diz respeito apenas sobre o que você diz, mas um aspecto importante dela é onde você está em relação a Deus. O inimigo de Deus claramente não tem os mesmos privilégios na oração que o amigo de Deus. Visto que a Bíblia ensina que o único modo através do qual uma pessoa pode ter um relacionamento correto com Deus é através de Jesus Cristo, somente orações oferecidas por um cristão são aceitáveis a Deus. Relacionando a oração ao Deus Trinitariano descrito na Escritura, isto significa que somente orações apresentadas através de Deus o Filho, Jesus Cristo, são aceitáveis a Deus o Pai.

Alguns têm proposto uma interpretação absurda e anti-bíblica da exclusividade do Cristianismo para dizer que Cristo fez o acesso a Deus possível para a humanidade em geral, de forma que até mesmo um não-cristão pode orar a Deus através dEle num certo sentido. “Certamente Jesus Cristo é o único caminho a Deus”, eles podem reconhecer, “mas isto significa que se você é um muçulmano ou budista sincero, você é salvo através de Cristo”. Nem todos eles diriam isto nestas palavras, mas isto é o que equivale a sua teoria. Contudo, isto é claramente uma rejeição do ensino escriturístico sobre o assunto; as pessoas apenas não querem ser explícitas sobre tal rejeição.

Assim, por “Jesus Cristo”, eu não quero dizer um princípio ou espírito abstrato de “Cristo” que é separado do Jesus histórico da Bíblia e de Sua identidade como a segunda pessoa da Trindade. O que eu quero dizer é que aparte de uma afirmação consciente e explícita do que a Escritura diz sobre a pessoa histórica de Jesus Cristo de Nazaré, ninguém pode ter acesso a Deus. Em outras palavras, se você não afirma explicitamente a Trindade, a Encarnação, a Ressurreição, e que estas doutrinas contradizem todas as outras religiões, então você não é um cristão, e você não tem acesso a Deus. Você não é aceitável a Deus, e você sofrerá o tormento sem fim no inferno após a morte. Isto é o que a Escritura ensina, e isto é o que eu quero dizer. Assim como você não pode dizer que é um cristão se você crê que há mais de um Deus, não diga que você é um cristão se você pensa que muçulmanos irão para o céu, e que budistas em algum sentido têm acesso a Deus através de Cristo.

A Bíblia diz que Deus escolheu algumas pessoas para serem salvas, e aqueles a quem Ele escolheu se aproximarão dEle, mas somente através de Jesus Cristo. Todos os outros serão excluídos e condenados. [8] Isto é, somente os verdadeiros cristãos serão salvos e têm acesso a Deus, e todos os não-cristãos serão condenados ao inferno e não têm acesso a Deus. Isto é o que a Bíblia ensina, e isto é Cristianismo. Se você discorda dela, então você rejeitou o Cristianismo, e eu desafio você a refutá-lo. Se você reivindicar que esta é apenas a minha interpretação de Cristianismo, então você deve pelo menos me refutar. [9] É desonesto e irracional rejeitar esta visão somente porque você não gosta dela suprimir a verdade é um dos principais pecados pelos quais incontáveis indivíduos serão condenados para sempre (Romanos 1:18-19). Você pode concordar com o que eu disse, mas você não pensa que isto possa ser declarado tão asperamente. Se isto é o que você pensa, então você deve também oferecer argumentos para estabelecer sua reivindicação.

Há aqueles que insistem que todas as religiões são essencialmente a mesma. Eles não dizem que todas as crenças de todas as religiões são idênticas, mas eles estão dizendo que elas são similares o suficiente nos assuntos mais importantes de modo que é ao menos possível para religiões diferentes se unirem; que uma religião não deve contestar outra como falsa, e que nenhuma religião deve reivindicar ser exclusivamente verdadeira de uma forma que todas as outras sejam falsas. Eu apenas mencionarei alguns problemas com esta visão.

É impossível definir religião de uma forma que inclua todos os sistemas de pensamentos que estas pessoas querem incluir, ou exclua aquelas que elas querem excluir. Por exemplo, se eu defino religião como “o serviço ou adoração de Deus ou do sobrenatural” [10], então isto pode excluir algumas formas de Budismo. Mas aqueles que dizem que todas as religiões são essencialmente a mesma, geralmente querem incluir o Budismo.

Eu posso mudar minha definição para “uma causa, princípio, ou sistema de crenças sustentadas com ardor e fé” [11], que deveria ser larga o suficiente para incluir o Budismo, mas então eu não posso excluir o Comunismo. Outro dicionário dá uma definição possível similar: “qualquer sistema de crenças, práticas, valores éticos, etc.,” [12] e com isto dá o Humanismo como um exemplo. Mas se incluirmos Comunismo e Humanismo como religiões, então devemos também incluir o Totalitarismo e a Democracia. Mas o Comunismo, Totalitarismo e a Democracia são essencialmente o mesmo? E são todos estes essencialmente o mesmo com o Budismo e o Cristianismo?

Por causa da simplicidade, eu dei exemplos somente de dicionários. Embora textos sobre a filosofia da religião sejam mais detalhados em suas tentativas de definir religião, seus esforços fracassam em sobrepujar as dificuldades ilustradas. O ponto é que não importa como os nossos oponentes definam religião, a definição será muito estreita ou ampla para o propósito deles eles irão incluir certos sistemas que eles querem excluir, ou irão excluir certos sistemas que eles querem incluir. A dificuldade existe porque as várias religiões não são essencialmente a mesma; elas contradizem umas às outras em muitos pontos essenciais. A implicação é que todas elas não podem estar corretas, e, portanto, é impossível uni-las. [13] Um projeto mais produtivo seria identificar e clarificar as crenças de cada religião, e examinar cada uma delas para ver quais delas são verdadeiras e quais são falsas.

Visto que o Cristianismo reivindica ser a única cosmovisão verdadeira, [14] se ele for deveras uma cosmovisão verdadeira, então sua reivindicação de ser a única verdade é verdadeira também, e todas as outras cosmovisões são, portanto, falsas. Por outro lado, se qualquer cosmovisão não-cristã for verdadeira, então o Cristianismo é falso. Portanto, qualquer aderente de uma cosmovisão não-cristã deve enfrentar sinceramente o Cristianismo e vencê-lo, e qualquer cristão deve estar preparado para demolir qualquer cosmovisão não-cristã. Fazer com que cosmovisões pareçam estar em concordância essencial quando elas estão em discordância essencial é desonesto, ignorante e irracional. [15]

Quando as pessoas dizem que todas as religiões são essencialmente a mesma, elas estão geralmente pensando somente num aspecto não-fundamental das religiões, ou num aspecto que é fundamental para alguns, mas não-fundamental para outros. Mas então, elas não mais estarão comparando os pontos essenciais das várias religiões.

Por exemplo, se a reivindicação é que todas as religiões são essencialmente a mesma porque todas elas ensinam as pessoas a serem boas, então minha objeção seria que a ética não é o fundamento da cosmovisão bíblica, mesmo que ela seja um aspecto importante. A ética cristã é fundamentada na metafísica cristã; isto é, o que a Bíblia ensina sobre moralidade depende do que a Bíblia ensina sobre realidade. Sem a visão bíblica da realidade, não há fundamento para a visão bíblica da moralidade.

Portanto, a visão bíblica da realidade é o aspecto mais essencial da cosmovisão cristã. Contudo, na lista de cosmovisões geralmente incluídas por aqueles que dizem que todas as religiões são essencialmente a mesma, encontramos várias visões da realidade diferentes e contraditórias. Alguns afirmam o monoteísmo, outros afirmam o politeísmo e o panteísmo. Alguns afirmam até mesmo o ateísmo naturalístico.

Assim, dizer que tanto o Budismo como o Cristianismo ensinam as pessoas a serem boas não estabelece qualquer similaridade essencial entre os dois sistemas, mas meramente oculta as diferenças essenciais. O Cristianismo afirma como suas reivindicações essenciais que Deus é Trindade, que Cristo é tanto Deus como homem, e que a Escritura é infalível. Há outras, mas estas três crenças são suficientes para excluir todos os sistemas não-cristãos, e para estabelecer que o Cristianismo é essencialmente contraditório à todas as outras cosmovisões não-cristãs, incluindo o Judaísmo. [16]

Muitos daqueles que dizem que todas as religiões são essencialmente a mesma tendem a enfatizar o que eles entendem como similaridades na área de ética. Eu discordo desta atitude, pois como tenho mostrado acima, religiões diferentes podem construir suas éticas sobre visões de metafísica (ou realidade) diferentes, as quais para eles é mais fundamental. Ninguém tem o direito de ditar para todas as religiões o que é essencial para elas e o que não o é. Antes, devemos permitir que cada religião especifique suas reivindicações centrais. Se eu digo que o monoteísmo [17] é fundamental para a minha religião [18], então você não tem o direito de dizer que ele não é fundamental para a minha religião. E você estaria equivocado em dizer que minha religião monoteísta é essencialmente a mesma com a religião politeísta de outra pessoa, mesmo que nossos sistemas de ética sejam idênticos [19].

Contudo, a ética cristã não é idêntica à ética não-cristã. Elas não são nem mesmo similares. Você pode dizer que todas as religiões dirigem as pessoas para andar em amor e bondade. Primeiro, isto não é verdade. Os objetivos e diretrizes éticas das várias religiões são frequentemente muito diferentes. Segundo, como você define amor e bondade? A Bíblia diz que amor é o cumprimento das leis morais bíblicas, de forma que se você anda em andar, você obedecerá aos mandamentos da Bíblia. Mas se sua religião define amor diferentemente, como todas as religiões não-cristãs devem fazer, então o que quer que seja que você chama de amor não é o que a Bíblia chama de amor. Portanto, é impossível dizer que todas as religiões dirigem as pessoas a andar em amor, visto que embora você tente usar a mesma palavra para descrever suas diretrizes morais, elas não são similares de forma alguma, e não há conceito comum de amor.

O primeiríssimo dos Dez Mandamentos demanda adoração exclusiva do Deus cristão. Portanto, de um ponto de vista bíblico, é imoral e pecaminoso ser um não-cristão. Agora, quem é você para dizer que isto não é uma crença essencial no Cristianismo? Ela é tão essencial como o mandamento contra o assassinato, e muito mais importante e fundamental, visto que até mesmo o mandamento contra o assassinato está fundamentado sobre a autoridade exclusiva de Deus. Agora, todas as religiões têm como sua crença essencial que eles devem adorar somente o Deus cristão? Se não, então, como elas são a mesma com o Cristianismo? Pode ser possível debaixo tanto de uma Democracia como de um Comunismo afirmar que há tal coisa como rosas vermelhas, mas isto não significa que a Democracia e o Comunismo são a mesma coisa, ou nem mesmo similares, pois eles diferem nos pontos essenciais. Aqueles que tentam unir todas as religiões arbitrariamente escolhem certos pontos que eles percebem ser comuns para todas as religiões, e então fazem estes pontos serem pontos essenciais de todas as religiões.

Mas eles não têm o direito de ditar e especificar os pontos essenciais de todas as religiões, e mesmo naqueles pontos em que elas pensam que todas as religiões concordam, as várias religiões na realidade não estão de acordo. A verdade é que as várias religiões são diferentes, e elas se contradizem em muitos pontos essenciais e não-essenciais. Portanto, nem todas as religiões podem ser verdadeiras. Visto que o Cristianismo diz que todas as outras religiões são falsas, se pudermos mostrar que o Cristianismo é verdadeiro, então até mesmo este pronunciamento sobre todas as religiões não-cristãs é verdadeiro, e assim temos também mostrado que todas as religiões não-cristãs são falsas.

Minha visão exclusiva é impopular hoje, mesmo entre aqueles que se chamam de cristãos. Contudo, a impopularidade não indica se uma crença particular é verdadeira ou falsa. Uma objeção comum contra uma religião exclusiva é que é arrogante dizer que minha própria posição é a única correta, e que todos que discordam de mim estão errados [20]. Mas qual é a sua definição de arrogância? Se o próprio Cristianismo afirma que eu devo aceitá-lo como sendo a única religião verdadeira e que devo considerar todas as religiões não-cristãs como sendo falas, então debaixo do Cristianismo eu não sou arrogante em tomar tal posição exclusiva. Você pode me chamar de arrogante somente baseado num padrão não-cristão. E se assim for, então você deve estabelecer a cosmovisão não-cristã pela qual você me chama de arrogante como verdadeira, e que o Cristianismo é falso. Se você falha em fazer isto, então você não tem autoridade para me chamar de arrogante. Em adição, a reivindicação de que não há uma religião exclusivamente verdadeira é ela mesma um julgamento universal sobre todas as religiões, assim, você está impondo sua própria visão sobre todas as religiões, dizendo que nenhuma delas pode reivindicar ser exclusivamente verdadeira. Você está dizendo que somente sua visão sobre as várias religiões é correta (que nenhuma religião é exclusivamente verdadeira), e que todos que crêem de outra forma estão equivocados. Isto é arrogante de acordo com o seu próprio padrão.

Eu posso dar uma resposta similar à acusação de que é ter mente-fechada dizer que somente minha visão é correta, e que todos que discordam de mim estão errados. Mas, porque é algo ruim ter mente-fechada? Por qual padrão você determina que ter mente fechada é ruim, e então impõe este rótulo sobre mim? Se o Cristianismo é deveras exclusivamente verdadeiro, então seria uma boa coisa ter “mente-fechada”. Isto é, se somente o Cristianismo é verdadeiro, então seria uma boa coisa crer que somente o Cristianismo é verdadeiro, quer você chame isto de mente-fechada ou não. Mas se o Cristianismo é exclusivamente verdadeiro, e você permanecer com uma mente-aberta sobre o assunto, então você não está afirmando a verdade, e é você quem tem um problema.

A pessoa que usa as acusações de arrogância, mente-fechada, cismado, e coisas semelhantes, está de fato empregando uma tática de atribuir nomes que, se bem sucedida, capacita-o a evitar de encarar as questões reais. O Cristianismo é exclusivamente verdadeiro ou não? Se não, você não precisa me atribuir nomes apenas me refute, e será o fim desta discussão. Visto que eu percebo que os atribuidores-de-nomes estão tentando evitar a confrontação, eu também posso jogar o jogo de atribuir-nomes e dizer que eles são idiotas e covardes, e podemos ir para frente e para trás para sempre, sem enfrentar as questões reais. Se você discordar da reivindicação de que o Cristianismo é a única religião verdadeira, e que todos os não-cristãos serão condenados ao tormento sem fim no inferno, tudo o que você tem que fazer é confrontar os meus argumentos e refutar a reivindicação.

Até mesmo muitos cristãos professos me considerariam muito duro, mas isto é porque eles têm sido afetados pelos padrões não-cristãos de conduta correta. Se o apóstolo Paulo pôde dizer aos judeus oponentes para se castrarem (Gálatas 5:12) [21], então eu estou sendo muito brando [22]. Muitos dos escritores cristãos que afirmam que somente o Cristianismo é verdadeiro, todavia, parecem relutantes em declarar asperamente esta crença, e eles estão da mesma forma relutantes em declarar claramente sua implicação de que se somente o Cristianismo é verdadeiro, então todas as religiões não-cristãs são falsas. Eles afirmam rancorosamente a exclusividade do Cristianismo, como se eles ressentissem por a Bíblia conter tal ensino. Esta atitude é pecaminosa. Deveras, eles devem abraçar e defender as palavras da Escritura com força e com alegria. Qualquer coisa menor indica uma empatia anti-escriturística para com as falsas religiões e uma humanidade pecaminosa à custa da fidelidade a Cristo.

Você terá que ler alguns dos meus outros livros para ver os meus argumentos a favor do Cristianismo [23], mas o que eu estabeleci aqui é que as várias religiões são essencialmente diferentes e opostas umas às outras. Portanto, se você reivindica ser um cristão, então, por necessária implicação, você está dizendo também que todas as religiões não-cristãs são falsas, e que todos os não-cristãos serão condenados ao tormento sem fim no inferno. Se você tem problema com isto, então você deveria examinar para ver se você tem verdadeiramente afirmado o Cristianismo, porque se você discordar de Cristo e dos apóstolos, então sobre que fundamento você reivindica ser um cristão? Jesus diz, “Aquele que não está comigo, está contra mim” (Mateus 12:30). Se você não é um cristão, então você não é apenas um não-cristão em suas crenças, mas você é um anti-cristão. Esta é a verdade, quer você goste, quer não.

No contexto do governo da igreja, alguém que afirme o pluralismo religioso e a legitimidade das religiões ou cosmovisões não-cristãs deveria ter as implicações de tal crença mostradas a ele. A igreja deveria deixar claro para tal pessoa o que a Bíblia ensina sobre o assunto. Depois disso, se a pessoa recusar a mudar sua mente, então ela deve ser excomungada, ou expulsa da igreja. Nós devemos começar a perceber que crer numa falsa doutrina é muito mais pecaminoso e destrutivo do que algo como assassinato ou prostituição. A falsa doutrina é muito mais maléfica do que todas estas outras coisas, e nós devemos proteger o rebanho removendo aqueles que insistem em afirmar idéias anti-bíblicas: “Um pouco de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5:9). Uma razão porque muitos da igreja são tão fracos hoje é uma falta de disciplina imediata.

Visto que eu tenho estabelecido a verdade do Cristianismo em outros livros e artigos, e visto que eu expus o absurdo de asseverar a unidade essencial de todas as religiões, podemos continuar com a suposição que o Cristianismo é exclusivamente verdadeiro, e que todas as religiões não-cristãs são falsas. Assim, nós podemos com grande apreciação retornar ao ensino declarado no início, ou seja, que somente os cristãos podem oferecer orações que são aceitáveis a Deus. Colocando isto de outra forma, para que a oração de alguém seja aceitável, ele deve ter um relacionamento correto com Deus, mas para ter um relacionamento correto com Deus, ele deve primeiro ter um relacionamento correto com o mediador designado entre Deus e a humanidade.

O único mediador entre Deus e a humanidade é Jesus Cristo, que é tanto Deus como homem. Nós não estamos falando sobre algum princípio geral de Cristo ou o “espírito” de Cristo, mas o Jesus histórico de Nazaré, Deus o Filho que tomou sobre Si os atributos humanos, que morreu por Seu povo e ressuscitou dentre os mortos. Você não pode ser um muçulmano ou budista e dizer que você está de certo modo orando através de Cristo. Você não pode dizer que você pode ser um mórmon ou hindu, mas enquanto você orar com uma certa atitude ou espírito, você estará orando através de Cristo. Você não pode dizer que Cristo é de alguma forma o mediador de todas estas religiões. Não, a Bíblia requer que você reconheça por nome o Jesus histórico de Nazaré, que é tanto Deus e homem, e que é o único mediador entre Deus e a humanidade. Ele é o único caminho para Deus; todos os outros caminhos levam ao tormento sem fim no inferno. Alguns grupos que reivindicam afirmar a fé cristã sugerem que santos e anjos podem agir como mediadores entre Deus e a humanidade, de forma que eles possam apelar a, digamos, “Maria, a mãe de Jesus, por ajuda e por intercessão”. Esta é uma rejeição direta do ensino escriturístico. 1 Timóteo 2:5 diz que há somente um mediador, não dois ou três, ou trezentos. Há somente um. Fora de Jesus Cristo, não há acesso a Deus de forma alguma. Jesus Cristo é o mediador entre Deus e a humanidade, mas Ele não dá a todos humanos o acesso apropriado a Deus. Antes, através dEle somente os cristãos têm acesso a Deus o Pai em oração e adoração.


NOTAS:

[8] - Veja Vincent Cheung, Systematic Theology, para uma exposição das doutrinas de eleição e reprovação. [voltar]

[9] - Vincent Cheung, Systematic Theology e Ultimate Questions. [voltar]

[10] - Merriam-Webster's Collegiate Dictionary, Tenth Edition; “religião”. [voltar]

[11] - Ibid. [voltar]

[12] - Webster's New World College Dictionary, Fourth Edition; “religião”. [voltar]

[13] - Alguém me disse que ela pensava que religião dizia respeito à unidade, e ela queria dizer a unidade da raça humana. Mas isto é precisamente o que a Torre de Babel era. Não, religião não diz respeito à unidade, pelo menos isto não é sobre o que o Cristianismo diz respeito. Cristianismo diz respeito à verdade revelada, e se suficientes pessoas afirmarem a verdade para se unirem ao redor dela, melhor ainda. [voltar]

[14] - Ele reivindica ser o único sistema de pensamento verdadeiro, seja religioso ou secular. [voltar]

[15] - Vincent Cheung, The Light of Our Minds. [voltar]

[16] - Eu não digo que o Cristianismo contradiz o Velho Testamento, mas ele contradiz o Judaísmo. Embora possamos encontrar as doutrinas da Trindade e da deidade de Jesus Cristo no Antigo Testamento, o Judaísmo nega ambas as doutrinas. Aqueles que foram salvos sob a Antiga Aliança não foram salvos aparte de Cristo (veja João 8:56; Hebreus 11:26). Assim, nossa contenção é que o Judaísmo não segue o Antigo Testamento. Antes, a Bíblia inteira Antigo e Novo Testamento é um livro cristão, e somente um livro cristão. Ela não endossa nenhuma outra cosmovisão ou religião. [voltar]

[17] - Não apenas qualquer concepção de um Deus monoteísta, mas aquela com todos os atributos especificados na Bíblia, incluindo a natureza triuna. [voltar]

[18] - Em outro lugar eu declarei que a infabilidade da Escritura é meu primeiro princípio de argumento, mas dentro do sistema revelado pela Escritura, a metafísica realmente precede a ética. [voltar]

[19] - Cristãos e budistas podem ambos crer que “1 + 1 = 2”, mas isto não significa que Cristianismo e Budismo são essencialmente o mesmo. Duas cosmovisões são essencialmente a mesma somente quando elas são as mesmas sobre os pontos essenciais. [voltar]

[20] - A acusação de arrogância é freqüentemente uma tentativa de evitar confrontar os argumentos racionais que têm sido oferecidos. [voltar]

[21] - “Quanto a esses que os perturbam, quem dera que se castrassem!” (Gálatas 5:12). [voltar]

[22] - Eu tenho visto mui poucos argumentos apoiando a suposição de que deveríamos ser de certa forma caridosos quando tratando com as visões não-cristãs. Eu demando um argumento dedutivo de uma premissa infalível da minha oposição sobre este assunto, e o único modo de satisfazer isto é um argumento exegético e teológico da Escritura. Mas isto pode somente apoiar meu modo de tratar com idéias não-cristãs; isto é, com honestidade cruel. As pessoas freqüentemente dizem que deveríamos “falar a verdade em amor” (Efésios 4:15), mas isto não pode significar, “falar a verdade suavemente e num estilo efeminado, de forma a não ofender ninguém”, porque se o verso de fato ensinasse isto, então não estaria Cristo, os profetas e os apóstolos em violação? Eles eram duros e muito ferozes quando falavam contra o erro. [voltar]

[23] - Vincent Cheung, Systematic Theology e Ultimate Questions. Se você discorda da minha defesa da fé cristã como a única cosmovisão verdadeira, então você deve me refutar. Muitas pessoas rejeitam argumentos sadios que elas não desejam crer. Isto é desonesto e irracional. [voltar]

 


Nota sobre o autor: Vincent Cheung é o presidente da Reformation Ministries International [Ministério Reformado Internacional]. Ele é o autor de mais de vinte livros e centenas de palestras sobre uma vasta gama de tópicos na teologia, filosofia, apologética e espiritualidade. Através dos seus livros e palestras, ele está treinando cristãos para entender, proclamar, defender e praticar a cosmovisão bíblica como um sistema de pensamento compreensivo e coerente, revelado por Deus na Escritura. Ele e sua esposa, Denise, residem em Boston, Massachusetts. http://www.rmiweb.org/


Extraído e traduzido de Prayer and Revelation, de Vincent Cheung, capítulo 1.

Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 13 de Maio de 2005.


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